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Carrefour pede desculpas e frigoríficos encerram boicote

Crise começou após declaração do CEO global da rede, Alexandre Bompard

26 de Novembro de 2024 às 22:11
Cruzeiro do Sul [email protected]
Varejista informou que entregas de carnes foram retomadas
Varejista informou que entregas de carnes foram retomadas (Crédito: NELSON ALMEIDA / AFP (25/11/2024))

O grupo francês de varejo Carrefour pediu desculpas aos produtores de carnes brasileiros depois que o diretor-presidente da companhia, Alexandre Bompard, afirmou na semana passada que a carne produzida no Brasil não respeitaria as normas do país europeu. Bompard se retratou ontem (26), elogiando a qualidade da carne brasileira e pediu desculpas.

“Sabemos que a agricultura brasileira fornece carne de alta qualidade, respeito às normas e sabor. Se a comunicação do Carrefour França gerou confusão e pode ter sido interpretada como questionamento de nossa parceria com a agricultura brasileira e como uma crítica a ela, pedimos desculpas”, afirmou o presidente do Carrefour em carta enviada ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que havia questionado o posicionamento do grupo.

A crise começou quando Bompard divulgou, em uma rede social, a carta que encaminhou aos produtores franceses, prometendo não usar mais carne dos países do Mercosul nos mercados da França. A mensagem foi mal recebida pelos produtores brasileiros, que iniciaram um movimento de boicote no fornecimento de carne para os mercados do Carrefour no Brasil.

O frigorífico Masterboi, que fornece entre 400 e 450 toneladas de carne por mês para os estabelecimentos do Carrefour, informou que suspendeu novas entregas de carne desde o fim de semana. Porém, com a retratação, a empresa autorizou a retomada das entregas. Segundo o Carrefour, não houve problemas no abastecimento de carne nos últimos dias.

O Ministério da Agricultura e Pecuária, em nota, comentou o pedido de desculpas e exaltou a qualidade da carne brasileira. “O Mapa enaltece o trabalho desempenhado pelo setor, a gestão ativa das associações e seus associados na defesa de uma produção de excelência que chega às mesas de consumidores em mais de 160 países do mundo”, destacou. (Agência Brasil)