Pesquisa
Setor de serviços tem alta de 1,7% em junho
Segmentos de TI e financeiro impulsionaram o recorde registrado no mês
O volume de serviços prestados subiu 1,7% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A leitura superou a mediana das previsões de analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que apontava alta de 0,9%. O intervalo das estimativas ia de alta de 0,3% a avanço de 2,0%.
Na comparação com junho de 2023, houve avanço de 1,3% em junho, já descontado o efeito da inflação — também acima da mediana das previsões, que apontava alta de 1,0%, com intervalo de estimativas entre queda de 0,2% e aumento de 7,2%,
A taxa acumulada no ano — que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior — foi de alta de 1,6%. No acumulado em 12 meses, houve alta de 1,00%, ante avanço de 1,20% até maio.
O volume de serviços prestados atingiu, em junho, o novo recorde na série histórica, iniciada em janeiro de 2011. O nível do setor está 0,5% acima do pico anterior, de dezembro de 2022. Em relação ao nível pré-pandemia (fevereiro de 2020), o volume de serviços está agora 14,3% maior, de acordo com o IBGE.
O volume de serviços prestados no Estado do Rio Grande do Sul contraiu 14,5% em junho, na comparação com maio. O desempenho no Estado foi a principal influência negativa da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) no mês.
Na coletiva de apresentação dos dados, o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, detalhou que parte desse resultado negativo no Estado ainda está atrelada ao efeito das enchentes na região. Ele cita como exemplo o retorno da cobrança de pedágio em rodovias do Estado em junho, que haviam sido suspensas no mês anterior, pela necessidade de levar ajuda humanitária às cidades gaúchas.
O novo recorde no nível do volume de serviços prestados, em junho, tem como principal impulsionador os serviços ligados à Tecnologia da Informação (TI), disse Rodrigo Lobo.
“Para entender esse novo ápice, segue fundamental entendermos o papel dos serviços de TI nisso, que seguem sendo demandados de maneira muito importante”, detalhou Lobo durante coletiva. Ele cita, que dentro da PMS, o principal impacto disso se dá no segmento de serviços de informação e comunicação, que expandiram 2,0% na margem em junho.
Além desse segmento, o uso de ferramentas de TI também contribui positivamente com outros dois segmentos da PMS: os serviços técnicos profissionais e os serviços financeiros e auxiliares, segundo o gerente da pesquisa.
No primeiro caso, detalhou Lobo, o destaque vai para o uso de aplicativos de delivery, que demandam muita tecnologia, enquanto nos serviços financeiros, o crescente uso de TI se dá pelo processo de digitalização de operações de banco. (Estadão Conteúdo)