Nova gestão
Sabesp anuncia redução de tarifas após privatização
Processo de desestatização foi finalizado e movimentou R$ 14,8 bilhões
A Sabesp anunciou redução em suas tarifas após finalizar o processo de desestatização da empresa. Haverá redução de 1% para a tarifa residencial, 10% para a tarifa social e vulnerável, e 0,5% para outras tarifas, aplicáveis somente à primeira faixa de consumo.
A decisão marca o início do contrato de concessão assinado em 24 de maio deste ano com a Unidade Regional de Serviços de Abastecimento de Água Potável e Esgotamento Sanitário (Urae-1-Sudeste), e a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), como interveniente anuente.
A empresa comunicou ainda que, após a oferta pública de distribuição secundária de ações realizada na segunda-feira (22), entram em vigor o novo Estatuto Social da companhia, aprovado em Assembleia Geral Extraordinária em 27 de maio de 2024, e as novas políticas internas, incluindo a Nova Política de Transações com Partes Relacionadas e Conflito de Interesses, a Nova Política de Destinação de Resultados e Distribuição de Dividendos, e a Política de Alçadas, todas aprovadas em reunião do Conselho de Administração.
A redução de tarifas, com destaque para a diminuição de 1% destinada à tarifa residencial, deve ter um impacto de baixa de 0,05 ponto porcentual no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), segundo o economista da Quantitas João Fernandes. “É um efeito muito pequeno. Só a parte da tarifa residencial que será lida pelo IPCA”, diz.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou ontem (23), durante cerimônia de liquidação das ações da Sabesp na B3, que está com a sensação de “dever cumprido”. Com o processo de desestatização da companhia concluído, Tarcísio disse que a empresa está “livre para voar mais alto” e rebateu críticas à Equatorial, investidora de referência da companhia, pela pouca experiência no setor.
A privatização da Sabesp teve a maior oferta de ações da história do setor de saneamento e movimentou R$ 14,8 bilhões. Desse total, R$ 6,9 bilhões foram subscritos pela Equatorial, que comprou 15% da empresa ao preço de R$ 67 por ação, e o restante veio da oferta global, que atraiu 310 investidores institucionais (instituições que investem em nome de diversos investidores). (Estadão Conteúdo)