Trabalho
IBGE: taxa de desemprego diminui para 7,1% em maio
É o melhor resultado para o trimestre encerrado nesse mês desde 2014
A taxa de desocupação de 7,1% registrada no trimestre terminado em maio de 2024 foi o menor resultado para esse período do ano desde 2014, quando também ficou em 7,1%. A taxa de desemprego retornou assim ao menor nível para meses de maio de toda a série histórica iniciada em 2012.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado de maio de 2024 representou ainda o menor patamar de desemprego desde o trimestre móvel terminado em janeiro de 2015, quando a taxa foi de 6,9%. No trimestre encerrado em abril de 2024, a taxa foi de 7,5%. No trimestre terminado em maio de 2023, a taxa estava em 8,3%.
A taxa de desemprego no País mostra uma melhora consolidada, com geração contínua de vagas, e a população ocupada renovando recordes a cada trimestre, avaliou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.
“É uma melhora que vem consolidada”, disse Adriana. “São melhoras verificadas a cada trimestre. Se essas expansões são contínuas, elas vêm trimestre após trimestre registrando recordes. Você tem um processo cumulativo desses ganhos.”
A taxa de desemprego passou de 7,8% no trimestre móvel encerrado em fevereiro para 7,1% no trimestre encerrado em maio. O resultado tinha sido de 7,5% no trimestre móvel terminado em abril (série considerada não comparável pelo IBGE, por haver repetição de dois terços da amostra).
Segundo Adriana, o cenário econômico favorável está por trás dos ganhos vistos no mercado de trabalho, fazendo a melhora no emprego alimentar também um ciclo virtuoso: com mais trabalhadores ocupados, há mais renda e mais demanda.
“Isso tem relação sim com a melhora da atividade econômica. Está havendo mais ocupação, esse trabalho está sendo mais demandado pelas atividades econômicas. A gente vem observando sim que a atividade econômica vem demandando trabalhadores, e isso está permitindo esse crescimento contínuo que a gente está vendo da população ocupada”, apontou a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.
A pesquisadora considera que indicadores macroeconômicos, como juros mais baixos, redução na inadimplência e arrefecimento da inflação, ajudam no momento mais favorável para o emprego. “Esses indicadores se interconectam entre si e refletem na atividade econômica”, disse ela.
O País registrou uma abertura de 1,081 milhão de vagas no mercado de trabalho no trimestre até maio, elevando a população ocupada a um recorde de 101,331 milhões de pessoas. Em um ano, mais 2,931 milhões de trabalhadores encontraram uma ocupação. (Estadão Conteúdo)