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Greve retém 17 mil automóveis nos portos

01 de Junho de 2024 às 23:23
Cruzeiro do Sul [email protected]
Carros ficaram parados após desembarque no Espírito Santo
Carros ficaram parados após desembarque no Espírito Santo (Crédito: DIVULGAÇÃO / SECOM-ES)

Paralisações de servidores já retêm 17,3 mil automóveis importados nas aduanas dos portos brasileiros. Os reflexos sobre a cadeia produtiva brasileira podem significar uma redução de até 5% na atividade econômica, afirma a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A paralisação dos servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) estaria atrasando a liberação de milhares de contêineres nos portos do País, afetando tanto o comércio quanto a indústria automotiva, diz a CNC, em nota à imprensa. A entidade divulgou um estudo calculando o impacto do impasse sobre a economia, considerando como base uma média de importação de 13,8 mil carros por mês entre 2020 e 2023 para traçar estimativas de efeitos diretos, indiretos e induzidos da greve.

“Atualmente, mais de 17 mil automóveis estão parados nos portos aguardando liberação aduaneira, o que representa mais de um mês de importações”, aponta a CNC. “O estudo demonstra que, em termos econômicos, para cada 1% de diminuição nos carros efetivamente importados, a atividade econômica cai 0,034%, considerando efeitos diretos, indiretos e induzidos. Os 17 mil automóveis parados nos portos representam 132% da importação mensal, o que pode resultar em uma redução de até 5% na atividade econômica devido à operação tartaruga nos portos brasileiros”, completou.

Segundo a CNC, a manutenção da greve nos portos tem potencial de provocar um impacto ainda mais profundo sobre a economia brasileira nos próximos meses.

“A paralisação dos servidores do Ibama e do Mapa afeta a oferta de diversos bens importados no território nacional, não apenas veículos, mas nos ativemos ao segmento automotivo nesta primeira etapa do estudo”, apontou economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, em nota oficial. (Estadão Conteúdo)