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Banco do Brics libera R$ 5,7 bi para o RS

Recursos serão destinados à reconstrução do Estado por meio do BNDES e Banco do Brasil

14 de Maio de 2024 às 22:47
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Dilma preside o banco desde março de 2023
Dilma preside o banco desde março de 2023 (Crédito: SILVIO AVILA / ARQUIVO AFP)

O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), também conhecido como Banco do Brics, vai destinar US$ 1,115 bilhão, cerca de R$ 5,750 bilhões, para a reconstrução do Rio Grande do Sul. O anúncio foi feito ontem (14) pela presidente do NDB, Dilma Rousseff, nas redes sociais.

Em seu perfil na rede social X, Dilma classificou o momento vivido pelo estado brasileiro como difícil e doloroso e citou um cenário de calamidade pública. “O Banco do Brics tem um compromisso e vai atuar na reconstrução e na recuperação da infraestrutura do Estado. Queremos ajudar as pessoas a reconstruir suas vidas. Vamos destinar, da maneira mais rápida possível, recursos para o Estado. Será US$ 1,115 bilhão. Isso significa R$ 5,750 bilhões”, escreveu Dilma Rousseff.

Segundo Dilma, o montante será liberado em parcerias com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Brasil e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).

De acordo com detalhamento do NDB, US$ 500 milhões serão repassados via BNDES, sendo US$ 250 milhões para pequenas e médias empresas e US$ 250 milhões para obras de proteção ambiental, infraestrutura, água e tratamento de esgoto, e prevenção de desastres.

Outros US$ 200 milhões estarão disponíveis para aplicação direta, podendo contemplar obras de infraestrutura, vias urbanas, pontes e estradas. Já em parceria com o Banco do Brasil, serão destinados US$ 100 milhões para infraestrutura agrícola, em projetos de armazenagem e infraestrutura logística.

Por fim, com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), serão liberados imediatamente US$ 20 milhões para projetos de desenvolvimento e mobilidade urbana e recursos hídricos.

Outros US$ 295 milhões previstos no contrato BRDE, em processo de aprovação final, vão para obras de desenvolvimento urbano e rural, saneamento básico e infraestrutura social.

Criado em dezembro de 2014 para ampliar o financiamento para projetos de infraestrutura e de desenvolvimento sustentável no Brics e em outras economias emergentes, o NDB, até o início de 2023, tinha cerca de US$ 32 bilhões em projetos aprovados. Desse total, cerca de US$ 4 bilhões estavam investidos no Brasil, principalmente em projetos de rodovias e portos. Em 2021, o Banco do Brics teve a adesão dos seguintes países: Bangladesh, Egito, Emirados Árabes Unidos e Uruguai.

A ex-presidente Dilma Rousseff foi eleita presidente do NDB em março do ano passado. Ela substitui Marcos Troyjo, ex-secretário especial do antigo Ministério da Economia, que ocupou o posto desde julho de 2020. Dilma presidirá o Banco do Brics até julho de 2025. (Estadão Conteúdo e Agência Brasil)