Buscar no Cruzeiro

Buscar

IPCA

Inflação oficial desacelera para 0,16% em março

Índice foi o mais baixo desde julho de 2013, quando ficou em 0,12%

10 de Abril de 2024 às 22:51
Cruzeiro do Sul [email protected]
Preços de alimentos tiveram o maior impacto no IPCA
Preços de alimentos tiveram o maior impacto no IPCA (Crédito: CEZAR RIBEIRO / ARQUIVO JCS (8/5/2023))

A inflação oficial do País, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), recuou para 0,16% em março. Em fevereiro, a taxa ficou em 0,83%. Já em março do ano passado, o índice registrado foi 0,71%.

Como consequência, a taxa acumulada em 12 meses arrefeceu pelo sexto mês consecutivo, passando de 4,50% em fevereiro para 3,93% em março, a mais baixa desde junho de 2023, quando estava em 3,16%.

O IPCA de março foi o mais baixo desde julho de 2023, quando ficou em 0,12%, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, para meses de março, a taxa foi a mais branda desde 2020, quando houve elevação de 0,07%.

Três dos nove grupos que integram o IPCA registraram quedas de preços em março. Houve deflação em artigos de residência (queda de 0,04% e impacto de 0,00 ponto porcentual), transportes (queda de 0,33% e impacto de -0,07 ponto porcentual) e comunicação (queda de 0,13% e impacto de -0,01 ponto porcentual).

Os aumentos foram registrados em alimentação e bebidas (0,53%, impacto de 0,11 p.p.), saúde e cuidados pessoais (0,43%, impacto de 0,06 ponto porcentual), despesas pessoais (0,33%, impacto de 0,03 p.p.), educação (0,14%, impacto de 0,01 p.p.), habitação (0,19%, impacto de 0,03 p.p.) e vestuário (0,03%, impacto de 0,00 p.p.).

“A alta de preços de alimentos desacelerou”, disse André Almeida, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE. “Ainda assim, o grupo alimentação e bebidas teve o maior impacto no IPCA de março.”

Outra contribuição partiu do grupo transportes. As passagens aéreas recuaram, e a gasolina reduziu o ritmo de alta em março, justificou Almeida. O fim das férias teria ajudado não apenas no recuo das passagens aéreas como também na queda de outros serviços turísticos no mês, avaliou o gerente do IBGE.

“O que a gente tem observado nos últimos meses é essa desaceleração da inflação de serviços, embora ainda acima, em 12 meses, da inflação geral”, apontou Almeida.

(Estadão Conteúdo)