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Arrecadação soma R$ 186 bi, no maior valor para fevereiro

Alta foi de 12,27% em relação ao mesmo mês de 2023

21 de Março de 2024 às 22:20
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Taxação de fundos offshores contribuiu para o resultado
Taxação de fundos offshores contribuiu para o resultado (Crédito: MARCELLO CASAL JR. / ARQUIVO AGÊNCIA BRASIL)

A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 186,522 bilhões em fevereiro de 2024, uma alta real (descontada a inflação) de 12,27% na comparação com o resultado de fevereiro de 2023, quando o recolhimento de tributos somou R$ 158,995 bilhões. Em relação a janeiro, a arrecadação recuou 34,08%, em termos reais. De acordo com a Receita, esse é o melhor resultado para o mês de fevereiro, em termos reais desde a série histórica, iniciada em 1995.

O Fisco deu destaque ao crescimento da arrecadação do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) em decorrência da taxação de fundos offshores; à melhora no desempenho da arrecadação do PIS/Cofins pela retomada da tributação sobre combustíveis; e ao desempenho da arrecadação do Imposto sobre a renda das pessoas jurídicas (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), com ressalto ao comportamento das entidades financeiras

Nos dois primeiros meses de 2024, a arrecadação federal somou R$ 467,158 bilhões. Segundo a Receita, esse é o melhor resultado para o primeiro bimestre do ano, em termos reais, na série histórica iniciada em 1995.

O montante representa um aumento real de 8,82% na comparação com os dois primeiros meses de 2023.

Desonerações

As desonerações resultaram em uma renúncia fiscal total de R$ 10,184 bilhões em fevereiro de 2024, valor menor do que o registrado no mesmo mês de 2023, quando ficaram em R$ 12,683 bilhões, em termos nominais.

No acumulado de 2024, as desonerações totalizaram R$ 21,211 bilhões, volume inferior ao registrado no mesmo período do ano passado (R$ 25,033 bilhões, em termos nominais).

O resultado reflete a retomada da tributação sobre combustíveis, feita ao longo de 2023. Em janeiro, o governo retomou a cobrança integral do PIS/Cofins sobre o diesel, que havia sido zerado em 2021, com retomada parcial em setembro de 2023.

Já a desoneração da folha de pagamento resultou em uma renúncia de R$ 1,858 bilhão em fevereiro e de R$ 2,559 bilhões no acumulado do ano. No mesmo mês de 2023, essa renúncia foi de R$ 965 milhões e chegou a R$ 1,598 bilhão no acumulado do ano, em termos nominais.

(Estadão Conteúdo)