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Vendas do comércio varejista crescem 2,5% em janeiro

14 de Março de 2024 às 22:20
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Pesquisador vê tendência de adiar as compras de dezembro
Pesquisador vê tendência de adiar as compras de dezembro (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO / ARQUIVO JCS (1/9/2022))

Depois de resultado negativo em dezembro, as vendas do comércio varejista subiram 2,5% em janeiro de 2024 ante dezembro de 2023, na série com ajuste sazonal, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi mais forte do que a estimativa mais otimista colhida pelo Projeções Broadcast, de alta de 1,7%. A previsão mais pessimista era de queda de 0,5%, enquanto a mediana das previsões apontava alta de 0,2%.

Na comparação com janeiro de 2023, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 4,1% em janeiro de 2024. Nesse confronto, as projeções iam de uma redução de 0,6% a elevação de 3,2%, com mediana positiva de 0,9%.

Quanto ao varejo ampliado — que inclui as atividades de material de construção, veículos e atacado alimentício —, as vendas subiram 2,4% em janeiro ante dezembro, na série com ajuste sazonal.

O IBGE também revisou o resultado das vendas no varejo em dezembro de 2023 ante novembro, de uma queda de 1,3% para uma redução de 1,4%. No varejo ampliado, a taxa de dezembro ante novembro foi revisada de uma queda de 1,1% para recuo de 1,5%.

Comportamento

O comércio varejista tem mostrado uma mudança no padrão de vendas, que sinaliza antecipação de compras de Natal para novembro, durante as promoções da Black Friday. Com isso, o desempenho do setor torna-se mais fraco em dezembro e volta a ganhar força em janeiro, possivelmente em decorrência das liquidações de início de ano. A avaliação é do gerente da Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE, Cristiano Santos, para quem esse fenômeno pode estar ligado a uma mudança no perfil do consumidor.

“Janeiro alto é reflexo de um dezembro baixo”, disse Santos. “É um padrão que a gente observa nesses últimos dois anos”, acrescentou.

Segundo ele, esse padrão de um Natal não tão intenso e de um janeiro mais forte em vendas ocorreu tanto em 2023 quanto em 2024, mas não tinha sido visto nos três anos anteriores.

(Estadão Conteúdo)