Economia
IPT, em São Paulo, terá polo de pesquisa do Google
Parceria foi firmada pela empresa de tecnologia com o governo paulista
O governo do Estado de São Paulo anunciou a construção de um polo do Google no Instituto de Pesquisa e Tecnologia (IPT), que funciona colado à Universidade de São Paulo (USP), no Butantã, zona oeste da capital. Com isso, é esperada “colaboração em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação em prol da população”, como definiu a gestão estadual.
O IPT tem parcerias com outras empresas privadas, como Lenovo e Gerdau, e já possui um laboratório de Seção de Inteligência Artificial e Analytics. Neste primeiro momento, segurança on-line e inteligência artificial são as áreas de maior atenção da empresa para esta parceria com o Google.
“Para nós, é um marco interno no Google, já que ele (o IPT) será o nosso segundo centro de engenharia no Brasil”, disse Fábio Coelho, presidente do Google Brasil, em evento de anúncio da iniciativa no Palácio dos Bandeirantes. O Google já tem um polo de engenharia e pesquisa em Belo Horizonte desde 2005.
Segundo Coelho, o centro mineiro, único até então na América Latina, é reconhecido internacionalmente dentro do Google pela sua excelência e colabora com pesquisas globais. Com mais um em São Paulo, a ideia é expandir a presença da empresa no Brasil e a colaboração de cientistas e engenheiros brasileiros.
O prédio do IPT em que será instalado o polo da Google será o número 1, mais próximo à Escola Politécnica (Poli). Ele passará por uma reforma, feita pela própria empresa, a partir de setembro deste ano e deve ser inaugurado em 2026. A capacidade é de 400 pessoas, mas o Google não disse quantas pessoas deve contratar para trabalhar no espaço.
De acordo com a diretora-presidente do IPT, Liedi Bernucci, o prédio é semelhante ao ocupado por outras empresas privadas dentro do instituto, como Lenovo e Gerdau.
O governador Tarcísio de Freiras (Republicanos) comemorou a parceria com a empresa dizendo que esta é mais uma iniciativa de união entre o Estado, a academia e a iniciativa privada. “Precisamos de inovação para deixar de ser o país do futuro e ser o país do presente”, afirmou.
Segundo o Secretário de Ciência Tecnologia e Inovação do Estado, Vahan Agopyan, que veio da Poli e já foi reitor da USP, a ideia é que a inovação e tecnologia desenvolvida junto ao Google, outras empresas e de maneira independente pelas universidade gerem soluções para problemas, como a dificuldade de proteger e rastrear celulares roubados e identificar mensagens de risco a escolas, a exemplo do comportamento visto em autores de atentados nos últimos anos.
O presidente do Google afirmou que a segurança de celulares contra roubos e furtos é um dos pontos de maior atenção da empresa e será abordada também no novo centro no IPT. (Estadão Conteúdo)