Economia
Embalado pelo Fed, Ibovespa sobe 2,42%
A indicação do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de que vai encerrar em 2024 o ciclo de alta dos juros deu ânimo extra ao mercado ontem no fim do dia, principalmente na Bolsa de Valores. Seguindo o movimento de suas congêneres americanas, a B3 fechou em alta de 2,42%, aos 129,4 mil pontos -- o maior patamar de fechamento desde 24 de junho de 2021.
Com esse resultado, a Bolsa brasileira voltou para o terreno positivo tanto na semana (1,87%) quanto no mês (1,68%). Já no acumulado do ano, a valorização chega agora a 17,89%.
O dólar à vista caiu 0,92% em relação ao real, a R$ 4,9208, em meio a um ambiente de fraqueza geral da moeda deflagrado pela decisão de política monetária nos Estados Unidos. O Federal Reserve manteve os juros na faixa de 5,25% a 5,50%, conforme antecipado. Mas o aumento na projeção do banco central americano para os cortes em 2024, de 50 para 75 pontos-base, sustentou um forte aumento do apetite por risco global e deu a senha para a queda da divisa no Brasil.
O economista-chefe da JF Trust, Eduardo Velho, considera que o discurso de Jerome Powell, presidente do Fed, e o comunicado foram cautelosos para evitar uma sinalização de timing dos cortes, mas impõem um viés de otimismo nos mercados. “Sinalizar cortes em 2024 é ótimo para as bolsas internacionais”, afirma o economista. (Estadão Conteúdo)