Economia
Pressionado por alimentos, IPCA-15 tem alta de 0,33%
Prévia da inflação de novembro subiu em relação a outubro, conforme o IBGE
Pressionada pelos aumentos nos preços dos alimentos e das passagens aéreas, a prévia na inflação oficial no País acelerou na passagem de outubro para novembro.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) passou de uma alta de 0,21% no mês passado para uma elevação de 0,33% neste mês, divulgou o IBGE. O resultado fez a inflação acumulada em 12 meses arrefecer para 4,84% em novembro -- o índice era de 5,05% em outubro --, após sequência de três meses consecutivos de aceleração.
A alta de 19,03% no preço das passagens aéreas respondeu sozinha por metade da prévia da inflação oficial no País em novembro. O subitem teve o maior impacto individual no mês, uma contribuição de 0,16 ponto porcentual para a taxa de novembro.
Já os combustíveis recuaram 2,11% em novembro, compensando boa parte da pressão das tarifas aéreas. A gasolina ficou 2,25% mais barata, item de maior contribuição negativa para o IPCA-15, - 0,11 ponto porcentual. Houve quedas também no etanol (-2,49%) e no gás veicular (-0,57%), enquanto o óleo diesel subiu 1,12%.
Os preços dos alimentos para consumo no domicílio ficaram mais caros em novembro, interrompendo uma sequência de cinco meses de quedas. Os preços do grupo alimentação e bebidas registraram uma elevação de 0,82%, puxados pela alta de 1,06% nos alimentos para consumo no domicílio. As famílias pagaram mais pela cebola (30,61%), batata inglesa (14,01%), arroz (2,60%), frutas (2,53%) e carnes (1,42%). Houve quedas no feijão carioca (-4,25%) e no leite longa-vida (-1,91%).
“O processo de desinflação é lento, mas continua”, disse o economista Luca Mercadante, da gestora de recursos Rio Bravo Investimentos, lembrando que a estratégia do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, de cortes de 0,50 ponto porcentual na taxa básica de juros, deve continuar “ao menos pelas duas próximas reuniões”. (Estadão Conteúdo)