Economia
Royalties tiveram recorde em 2022, diz ANP
O ano passado foi difícil para o setor de petróleo e derivados, com o primeiro semestre sob expectativa de falta de diesel no segundo período do ano, por reflexo da guerra entre Rússia e Ucrânia, que perdura até hoje. Mas os resultados da indústria brasileira do petróleo surpreenderam e bateram alguns recordes, disse o diretor-geral da agência reguladora do setor, ANP, Rodolfo Sabóia, no lançamento do Anuário Estatístico 2023 realizado ontem (16), referente ao exercício de 2022.
O ano fechou com distribuição recorde de royalties e participações especiais, da ordem de R$ 113 bilhões, 68,6% superior a 2021. A produção média de petróleo ficou em 3 milhões de barris por dia, 4% a mais do que em 2021, e a de gás natural, em 138 milhões de metros cúbicos por dia, alta de 3,1% na mesma comparação.
“Foi a primeira vez que royalties e participações especiais ultrapassam os R$ 50 bilhões”, informou a ANP. Ao todo, os royalties arrecadaram R$ 58,8 bilhões e as participações especiais, R$ 54,2 bilhões.
As reservas provadas do País subiram 11,5% contra o ano anterior, para 134,9 bilhões de barris, com a liderança do Rio de Janeiro, responsável por 12,5 bilhões, seguido de São Paulo, Espírito Santo e Rio Grande do Norte. As reservas de gás natural subiram 6,6%, para 406,5 bilhões de metros cúbicos, com liderança também do Rio de Janeiro, seguido por Amazonas, São Paulo e Maranhão. (Estadão Conteúdo)