Economia
Saldo da balança de 2023 supera todo ano de 2022
O diretor de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), afirmou ontem que o saldo da balança comercial no acumulado dos primeiros oito meses do ano, de US$ 63,3 bilhões, já é recorde, superando inclusive o dado fechado do ano de 2022, quando o superávit em 12 meses foi de US$ 61,5 bilhões. “Temos um saldo comercial recorde para oito meses e também para ano fechado”, apontou Brandão em coletiva de imprensa.
Para o mês de agosto, a balança também registrou o maior superávit da série histórica iniciada em 1989. Foram US$ 9,8 bilhões, fortemente influenciados pelo aumento de volume exportado, que cresceu 15,8% em relação ao mesmo mês em 2022. Com isso, houve recorde no valor de exportado pelo Brasil no último mês, com US$ 31,2 bilhões.
A balança também registrou o maior valor exportado para os primeiros oito meses na série histórica, que fechou em US$ 225,4 bilhões, com destaque para o crescimento de 10,4% no volume vendido externamente. Sobre o saldo recorde da balança, Brandão destacou justamente essa alta dos volumes embarcados.
Outro fator que ajuda no número é a redução do valor importado no acumulado de 2023, com recuo de 8,1% em relação ao mesmo período do ano passado.
O governo prevê saldo positivo recorde de US$ 84,7 bilhões em 2023, contra projeção anterior de US$ 84,1 bilhões, feita em abril. Segundo o Mdic, as exportações diminuirão 1,4% este ano e encerrarão o ano em US$ 330 bilhões. As estimativas são atualizadas a cada três meses. (Estadão Conteúdo e Agência Brasil)