Economia
Brasil comprou energia da Argentina e do Uruguai
Importação emergencial ocorreu durante o apagão no dia 15 de agosto
O apagão que atingiu 25 Estados e o Distrito Federal no último dia 15 obrigou o Brasil a importar energia elétrica da Argentina e do Uruguai para garantir o fornecimento interno. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), na ocasião a Argentina exportou 216 megawatts-médios, enquanto o Uruguai enviou 40 Mw/med. A importação se deu em caráter emergencial, o que está previsto em acordo entre os três países.
O ONS reforçou que continua a estudar o caso para compreender todos os fatos que levaram ao apagão que afetou todo o Sistema Interligado Nacional (SIN). Apenas Roraima, que não está conectado ao sistema, não foi impactado. A previsão é de que um relatório definitivo sobre as causas do blecaute seja divulgado em até 45 dias.
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, afirmou na quinta-feira que não é possível apontar culpa, responsabilidades ou penalidades relacionadas ao apagão que atingiu quase todos os Estados brasileiros na última semana. Segundo ele, o regulador irá participar da elaboração de um relatório mais detalhado sobre a ocorrência e também fará fiscalizações e inspeções locais para identificar eventuais responsabilidades.
Feitosa ressaltou que ainda não há um relatório conclusivo sobre as causas do apagão, apenas algumas análises superficiais que serão aprofundadas nas próximas semanas.
Até então, o Operador Nacional do Sistema Elétrico identificou que a falha começou em uma linha de transmissão da Chesf, subsidiária da Eletrobras, no Ceará.
“A Aneel vai estar, nesse momento, estudando o relatório, participando da elaboração do relatório e das discussões, fará fiscalizações nos agentes envolvidos. Certamente o Operador Nacional do Sistema Elétrico passará por auditoria, certamente a Chesf passará por auditoria, ou qualquer outro agente que a Aneel identifique necessidade. Neste momento, não consigo falar de culpa, responsabilidade nem penalidade”, disse Feitosa, após participação em audiência pública na Câmara dos Deputados sobre o reajuste tarifário da Equatorial Pará. (Estadão Conteúdo e Redação)