Economia
Argentina congela preço de combustível e fixa câmbio
País vizinho ao Brasil vive crise econômica, com alta de inflação e juros
O ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, anunciou na noite desta quinta-feira um acordo para congelar os preços de combustíveis no país até 31 de outubro. Em 22 de outubro, haverá o primeiro turno na disputa presidencial, com Massa entre os candidatos.
“Concordamos, após um trabalho de entendimento entre as refinarias, os produtores e o Estado, que não haverá mais aumento de combustíveis até 31 de outubro”, afirmou Massa no X (ex-Twitter). Também houve declarações do ministro à imprensa sobre o assunto.
Massa ficou em terceiro lugar nas primárias do último domingo, vencidas por Javier Milei. O país enfrenta inflação superior a 100% ao ano e analistas preveem que ela acelere, com as turbulências nos mercados locais dos últimos dias e o forte aumento na taxa de juros adotado nesta semana pelo Banco Central da República Argentina (BCRA).
O governo argentino afirmou na quinta-feira que fixou a taxa de câmbio até 30 de outubro, após a desvalorização de 22% que ocorreu no dia seguinte às eleições primárias. A medida foi feita a pedido do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Nesta sexta-feira, a secretária de Energia da Argentina, Flavia Royón, anunciou que haverá um aumento nas contas de luz devido à desvalorização recente do peso argentino. Em entrevista à Rádio Mitre, ela pontuou que o governo vai estudar a forma como a desvalorização cambial vai afetar o custo da energia, e preços serão atualizados em breve.
Segundo Flavia, a atualização dos preços, assim como o congelamento recente dos preços da gasolina no país, foram feitos para “que haja previsibilidade e um horizonte com perspectiva de contenção da inflação”. (Estadão Conteúdo e Redação)