Buscar no Cruzeiro

Buscar

Economia

Caixa e Itaú seguem operando consignado do INSS após redução do teto

Cada banco pratica taxas de acordo com a própria estrutura de captação e os custos de distribuição que possui para o crédito

18 de Agosto de 2023 às 18:43
Estadão Conteúdo [email protected]
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) (Crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

A Caixa Econômica Federal (CEF) e o Itaú Unibanco informaram ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que continuam operando o crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS após a redução do teto de juros da modalidade, de 1,97% para 1,91%, aprovada ontem pelo Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS).

"Conforme anunciado recentemente, a Caixa reduziu a taxa do consignado para a partir de 1,70% ao ano", disse o banco público, em nota. A redução pela Caixa aconteceu após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduzir a Selic de 13,75% ao ano para 13,25%, no início deste mês. A redução foi utilizada como argumento pelo CNPS para reduzir o teto.

O Itaú também segue operando a modalidade, e disse que "aguardará a publicação da nova Instrução Normativa do INSS para avaliar as adequações necessárias nas taxas praticadas". Ontem, Banco do Brasil, Bradesco e Santander Brasil informaram à reportagem que também seguem operando o produto.

Cada banco pratica taxas de acordo com a própria estrutura de captação e os custos de distribuição que possui para o crédito. Caixa e BB costumam ter as menores taxas entre os grandes bancos porque a maior parte do público do consignado é cliente de um dos dois, o que reduz os custos para obter clientes.

O movimento dos bancos é oposto ao que aconteceu em março, quando o CNPS reduziu de 2,14% ao mês para 1,70% ao mês o teto do consignado. À época, com uma Selic maior e uma redução de maior magnitude no limite, os bancos pararam de operar a linha, inclusive BB e Caixa. A volta das operações veio após o teto ser elevado para 1,97%, em negociação que também envolveu o Ministério da Fazenda.

Ontem, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) disse em nota que a redução coloca as taxas do consignado do INSS abaixo dos custos de operação para alguns bancos. A entidade também afirmou que houve pouco diálogo por parte do Ministério da Previdência sobre a pretensão de alterar o teto. (Estadão Conteúdo)