Economia
Bolsa bate recorde negativo de 53 anos
O Ibovespa fechou em queda nesta quarta-feira pela 12ª vez consecutiva, o que não ocorria havia 53 anos. A principal referência da B3 encerrou o pregão em baixa de 0,5%, aos 115.591,52 pontos, após chegar à máxima de 117.337,65 durante o dia.
Para especialistas, diversas razões justificam a sequência negativa, sendo duas referentes ao campo externo -- incertezas em relação à economia chinesa e piora nas Bolsas de Nova York, com a divulgação da ata do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) -- e no plano doméstico onde persistem as dúvidas em torno da votação do arcabouço fiscal e da proposta de Orçamento para 2024.
“Além de toda incerteza em relação à economia chinesa, com efeito direto sobre as commodities, há ainda atenção ao fiscal no plano doméstico, com a expectativa para a votação do arcabouço e também para a proposta de Orçamento de 2024. E, nos Estados Unidos, há também a questão dos juros e o efeito sobre a economia e as empresas”, disse Gustavo Harada, especialista em renda variável da Blackbird Investimentos.
Com a queda de ontem, o Ibovespa recua 2,1% na semana. No mês, o índice cede 5,21%, limitando o avanço no ano a 5,34%.
A sequência negativa contrasta com o bom desempenho da Bolsa no primeiro semestre, quando o índice subiu 7,61% e ficou entre os dez melhores investimentos do período.
O dólar à vista terminou o dia cotado a R$ 4,9864, praticamente estável (-0,01%). A moeda apresenta ganhos de 1,68% na semana e de 5,43% no mês. (Estadão Conteúdo)