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Economia

‘Carro voador’ será fabricado em Taubaté

Eve, subsidiária da Embraer, pretende ter 30% do mercado de Evtols em 2030

20 de Julho de 2023 às 23:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Plantas de produção serão acrescidas conforme a demanda
Plantas de produção serão acrescidas conforme a demanda (Crédito: DIVULGAÇÃO EVE )

A Eve Air Mobility (Eve), uma subsidiária da Embraer, anunciou ontem que a primeira fábrica do Evtol (sigla em inglês para veículo elétrico de pouso e decolagem vertical, como é chamado oficialmente o “carro voador”) será em Taubaté, no interior de São Paulo. A unidade vai ocupar uma área a ser ampliada dentro da fábrica da própria Embraer na cidade.

A escolha se deu, principalmente, devido aos custos de instalação e à proximidade com São José dos Campos, onde fica a equipe de engenharia e desenvolvimento das duas empresas, segundo André Stein, co-CEO da Eve. As cidades ficam a cerca de 40 quilômetros uma da outra. Hoje, a Embraer tem um centro logístico em Taubaté.

Já a sede administrativa da Eve ficará nos escritórios da Embraer no distrito de Eugênio de Melo, em São José dos Campos. Essa unidade foi reformada em 2019, ao custo de R$ 120 milhões, para receber os funcionários da companhia brasileira quando a venda de seu braço de aviação comercial para a Boeing fosse concluída. A empresa americana, porém, desistiu do negócio em 2020.

Stein afirmou que a estratégia da Eve é “modular” -- isto é, novas plantas poderão ser anunciadas a depender da demanda.

Em Taubaté, a empresa deve montar o veículo, testar e desmontá-lo antes de enviá-lo ao país comprador. Próximo ao mercado de destino, ele será remontado. O executivo disse que o Evtol poderá ser remontado em alguma outra unidade da Embraer, mas que ainda está em discussão a possibilidade de esse trabalho ser feito por terceiros.

Stein não revelou o investimento que será feito nem a capacidade de produção, mas disse que a planta deve operar em um modelo intermediário entre o de uma fábrica de aviões e o de uma montadora de carros.

A Eve calcula que o mundo terá 50 mil Evtols em operação em 2030, e a intenção da empresa é ter uma participação de cerca de 30% nesse mercado. (Estadão Conteúdo)