O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse ontem que os senadores concordam com o mérito da reforma tributária, mas que poderão ser feitos “ajustes no texto”. Ele confirmou ainda que a relatoria da proposta na Casa ficará com o senador Eduardo Braga (MDB-AM), responsável pelos pareceres do projeto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário. A expectativa de Pacheco é de votação até o meio do segundo semestre.

As negociações para a escolha de Braga avançaram durante a noite de segunda. Ele é líder do MDB no Senado, partido que lidera o segundo maior bloco partidário da Casa, formado ainda por União Brasil, Podemos, PSDB e PDT.

“Temos muitas expectativas (com a reforma tributária) e concordamos com o mérito. Ajustes podem ser feitos, mas temos o senso de urgência, da importância e relevância. O Senado cuidará de aprová-la nos próximos meses”, disse Pacheco, após se reunir com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e do Planejamento, Simone Tebet.

O presidente do Senado negou ainda a intenção de fatiar o projeto como forma de acelerar a aprovação dos pontos já de consenso entre os setores. Essa possibilidade foi antecipada na segunda-feira por Eduardo Braga, ao dizer que “sempre é possível que o texto comum possa ser promulgado, enquanto o controverso siga (em discussão)”. Ele ressaltou, no entanto, que até então Pacheco não havia conversado com os partidos sobre a proposta.

“Não temos nenhuma intenção de fatiar a reforma”, respondeu o presidente do Senado. “É muito importante que haja uma inteireza de raciocínios de institutos que se complementam. É uma lógica única. Muito importante que seja entregue a reforma e promulgada a reforma tributária no País.” (Estadão Conteúdo)