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Economia

Menos de 1% das empresas do Brasil vendem para o exterior

26 de Junho de 2023 às 23:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
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Menos de 1% das empresas brasileiras -- cerca de 25 mil -- exportam seus produtos, aponta estudo inédito do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) sobre o perfil das firmas exportadoras. O recorte, de 2020, apontou, por outro lado, que essas companhias empregam 15% da força de trabalho formal do País.
Apesar de os níveis serem semelhantes a outros países da América Latina, para o Mdic, os dados divulgados reforçam o potencial de o Brasil ampliar sua base exportadora, objetivo que depende, dentre outros fatores, da assinatura de mais acordos comerciais.

O grande destaque dos últimos anos nessa seara são as tratativas entre o Mercosul e a União Europeia. O governo brasileiro acredita que pode haver uma definição sobre o acordo até o fim do ano, embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha dirigido recentemente críticas às exigências do bloco europeu.

“É, sim, importante concluir mais acordos comerciais para reduzir a tarifa que as empresas enfrentam ao acessar mercados externos”, avaliou a secretária de Comércio Exterior do Mdic, Tatiana Prazeres, ao comentar os dados.

Para a pasta, o potencial dos acordos é reforçado por um cenário revelado pela pesquisa. Apesar de a exportação aos países que compõem o Mercosul ainda ser muito relevante -- em 2020, 41% (10 208) das exportadoras do Brasil enviaram seus produtos a países membros do bloco -- cresceu 34% o número de empresas que venderam exclusivamente para países não-signatários, de 2018 a 2020.

“É um porcentual quase sete vezes maior do que aquele referente ao grupo das que exportam apenas para os signatários de tais instrumentos”, aponta o estudo, segundo o qual cerca de 30% das firmas exportaram para Estados Unidos, União Europeia ou Ásia em 2020. “Tomadas conjuntamente, o número de empresas que exportaram para essas três regiões foi de 60,3%, sendo, portanto, muito próximo ao daqueles que exportaram para a AL (61%)”, destaca. (Estadão Conteúdo)