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Economia

China abre as portas e sinaliza que quer mais café, diz presidente da FPA

27 de Maio de 2023 às 23:01
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Brasil deve ampliar exportações para o país, onde número de cafeterias cresceu
Brasil deve ampliar exportações para o país, onde número de cafeterias cresceu (Crédito: MARCELO CAMARGO / ARQUIVO AGÊNCIA BRASIL )

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), ressaltou no 9º Coffee Dinner & Summit, realizado pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) na sexta-feira, em São Paulo, que a China está interessada em consumir mais café, o que gera uma oportunidade para o mercado brasileiro. “A China está de portas abertas e pede para que vendamos mais café para eles”, disse o deputado, que retornou de viagem ao país asiático na semana passada.

Segundo Lupion, ao contrário do que ocorria nos últimos anos com a cultura do chá, agora é comum “tropeçar em cafeterias” no gigante asiático.

A oportunidade de crescimento do mercado chinês também foi ressaltada pelo presidente do Cecafé, Márcio Ferreira. Ele evidenciou que o Brasil avançou na exportação para o país, de 100 mil sacas de 60 kg de café ao ano para 500 mil sacas ao ano. “Sabemos que temos muito a avançar e vamos avançar. O Cecafé tem trabalhado para divulgar globalmente o café e a China não é uma exceção”, afirmou o executivo. Ele defendeu, ainda, a destinação de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para que o segmento possa ampliar a divulgação do potencial do produto no mundo, “principalmente na China”, destacou.

Ainda no painel, Pedro Lupion ressaltou que viajou à China na última semana com integrantes da indústria agropecuária, mas retornou antes ao Brasil por causa das importantes votações de pautas do agronegócio no Congresso. “Os desafios do setor produtivo vão desde a questão ideológica e política, até a questão econômica”, observou ele.

Entre os temas que serão debatidos, Lupion ressaltou a votação na próxima terça-feira do Projeto de Lei 490/07, que define o marco temporal na demarcação das terras indígenas. Ele também citou a importância do debate do novo marco legal dos defensivos agrícolas (PL 1459/2022) que já foi aprovado pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado e aguarda votação no plenário.

O parlamentar citou também a importância das discussões da reforma tributária, reiterou que o setor será desfavorecido pela adoção de uma alíquota única na produção. “Precisamos de alíquotas diferenciadas, isenção tributária nas exportação e valorização do ato cooperativo para não haver bitributação (sobre a cooperativa e sobre os cooperados individualmente)”, explicou ele.

Ainda dentro do tema econômico, Lupion pontuou que os recursos para Plano Safra 2023/24 deverão ser apresentados em breve. “Temos conversado com o ministro Fávaro (Carlos, da Agricultura) diariamente”, disse ele, ressaltando que a FPA e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estimam que sejam necessários R$ 25 bilhões para equalizar taxas de juros de linhas do Plano Safra 2023/24. Segundo o parlamentar, o ministério fala em R$ 17 bilhões. “Precisamos chegar a pelo menos R$ 20 bilhões”, argumentou. (Estadão Conteúdo)