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Economia

Silveira: energia deve ter investimento de R$ 56 bilhões

05 de Maio de 2023 às 23:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Serão construídas mais linhas de transmissão
Serão construídas mais linhas de transmissão (Crédito: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil)

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou ontem que leilões programados para 2023 e 2024 devem contratar mais de R$ 56 bilhões em investimentos para transmissão de energia. Desse total, cerca de R$ 30 bilhões são para infraestruturas instaladas no território do Nordeste, e o restante, em outras regiões, também servirão para escoar a energia produzida nos Estados nordestinos.

“Os leilões vão acontecer e trarão mais de R$ 56 bilhões em investimentos para transmissão da energia do Nordeste”, disse Silveira, durante o encontro sobre energias renováveis do Consórcio dos Governadores do Nordeste, realizado no Centro de Eventos do Ceará (CEC).

Aos governadores, o ministro disse ter recebido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a diretriz de transformar o Nordeste no maior celeiro de energia limpa e renovável do mundo. “Trabalhamos para viabilizar a instalação desse potencial incrível de 30 gigawatts de geração renovável”, disse. Segundo ele, isso deverá destravar mais de R$ 120 bilhões em investimentos privados na área de geração de energia renovável.

O governo e Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já previam fazer neste ano dois leilões de transmissão. Um deles, previsto para junho, deve contratar R$ 15,8 bilhões em investimentos e já teve a minuta de edital aprovada pelo órgão regulador. O segundo certame deverá acontecer no dia 31 de outubro, com expectativa de levantar R$ 19,7 bilhões em investimentos.

“Nesse primeiro semestre, serão leiloados R$ 16 bilhões. Mais R$ 20 bilhões até o final de 2023, e outros R$ 20 bilhões estão programados para o ano que vem”, disse Silveira, indicando que um terceiro certame deve ocorrer apenas em 2024.

Segundo o ministro, os investimentos em transmissão vão viabilizar o ingresso de energia renovável no sistema nacional e diminuir os custos para os consumidores. (Estadão Conteúdo)