Buscar no Cruzeiro

Buscar

Economia

Ministro pretende mudar política de preços da Petrobras

05 de Abril de 2023 às 23:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Estatal informou que não recebeu proposta de Alexandre Silveira
Estatal informou que não recebeu proposta de Alexandre Silveira (Crédito: FÁBIO RODRIGUES POZZEBOM / ARQUIVO ABR (13/3/2023))

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou ontem que o governo deve atuar para mudar a política de preços da Petrobras, conhecida como preço de paridade de importação (PPI), por estar atrelada ao mercado internacional, e avançar na construção de um “preço de competitividade interna”. “O tal PPI é um verdadeiro absurdo”, disse ele, em entrevista à GloboNews. Ele citou que cálculos do Ministério de Minas e Energia consideram que, se fossem aplicados os preços de custos, no que a Petrobras é autossuficiente, mais a rentabilidade, seria possível reduzir o preço do óleo diesel em torno de R$ 0,22 a R$ 0,25 por litro.

Mais tarde, o ministro negou que uma mudança na política de preços da empresa afetaria a rentabilidade da estatal. Silveira reafirmou que a linha do governo Lula é clara e que a União, acionista majoritária da empresa, irá discutir a mudança na formação dos custos dos combustíveis. Segundo ele, o tema será tratado com a diretoria e o conselho de administração da empresa.

“Não necessariamente (vai ter queda de rentabilidade)”, disse ao ser questionado. “O que significava queda de rentabilidade na economia era a política comandada pelo ministro Paulo Guedes, que confundia lucro operacional e distribuição de dividendos com um completo desmonte da companhia. Investidores de médio e longo prazos querem que o controlador faça essa empresa cada vez mais forte.”

A Petrobras informou, por nota, que não recebeu nenhuma proposta do Ministério de Minas e Energia a respeito da alteração da política de preços. Na Bolsa, depois das declarações do ministro de que a rentabilidade da empresa não seria afetada, as ações da Petrobras fecharam em alta de 0,15% (ON) e 0,33% (PN). (Estadão Conteúdo)