Economia
Reajuste de remédios, de até 5,6%, já está em vigor
Governo autorizou aumento após decisão da Cmed, órgão de regulação do segmento
O governo federal autorizou um reajuste de até 5,6% no preço de remédios para este ano, já desde ontem. O aval para o aumento foi publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da União (DOU), após decisão da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), órgão interministerial responsável pela regulação do segmento.
“As empresas produtoras de medicamentos poderão ajustar os preços de seus medicamentos a partir de 31 de março de 2023, nos termos desta resolução”, diz o ato. O porcentual de aumento deste ano veio menor do que o praticado em 2022 e em 2021, que foram de 10,89% e 10,08%, respectivamente. Para 2023, diferentemente de outros anos, o ajuste máximo de preços permitido será linear, ou seja, o mesmo índice de 5,6%, para todos os tipos de medicamentos. O reajuste deve atingir cerca de 13 mil apresentações de remédios disponíveis no varejo.
Em nota, o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) destacou que “no marco do atual modelo de controle de preços de medicamentos, as empresas do setor têm notórias dificuldades para equilibrar suas contas”.
Na série histórica, o reajuste acumulado de preços de medicamentos está abaixo da inflação geral (IPCA). “De 2013 a 2023, a inflação geral (IPCA) somou 98,4% ante uma variação de preços dos medicamentos de 65,4%. Os medicamentos têm um dos mais previsíveis e estáveis comportamentos de preço da economia”, afirmou o presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini.
A entidade farmacêutica esclarece ainda que este reajuste não é automático nem imediato, podendo ser aplicado ou não pelas empresas, de acordo com as estratégias comerciais. “É importante o consumidor pesquisar nas farmácias e drogarias as melhores ofertas dos medicamentos prescritos pelos profissionais de saúde”, orienta Mussolini.
Outra alternativa ao consumidor é verificar se existe desconto apresentando o plano de saúde ou adquirir medicamentos genéricos, que são mais baratos que os similares e os de referência. Conforme o Procon-SP, alguns medicamentos podem ser adquiridos por meio de programas sociais que são oferecidos pelo governo federal, estadual ou municipal, de forma gratuita ou com grandes descontos.
“Há estabelecimentos que trabalham com descontos provenientes de planos de saúde ou com programas de fidelidade proveniente do laboratório e/ou drogaria”, diz a entidade. (Estadão Conteúdo e Redação)