Economia
Explosão de mina mata 11 na colômbia
Socorristas trabalhavam, ontem (15), contra o relógio na busca de dez pessoas soterradas em uma mina de carvão no centro da Colômbia, após uma explosão matar 11 trabalhadores. As possibilidades de encontrar sobreviventes tornaram-se mínimas, pela falta de oxigênio na cratera.
O acidente resultou do “acúmulo de gases” que explodiram devido a uma faísca gerada no trabalho e que causou uma reação em cadeia, explicou o governador de Cundinamarca, Nicolás García, em entrevista à Blu Radio. “Ainda estamos nas buscas e resgates das dez (pessoas) que nos restam” e que permanecem presas. “Cada minuto que passa é menos tempo de oxigênio. É bastante difícil encontrá-los com vida”, lamentou.
A explosão aconteceu na noite de terça (14) em uma galeria de seis minas legais “que se comunicam entre elas”, de acordo com o governador.
Familiares e companheiros das vítimas esperavam ontem notícias desde a madrugada na rodovia adjacente à mina, que está separada do lugar do acidente por arame farpado. Enquanto isso, uma motobomba extraía água de uma das galerias.
“Estamos fazendo todos os esforços com o governo de Cundinamarca para resgatar com vida as pessoas soterradas. Um abraço de solidariedade às vítimas e seus familiares”, disse o presidente Gustavo Petro no Twitter.
Joselito Rodríguez, um sobrevivente de 33 anos, relatou à AFP o momento da explosão: “Estava trabalhando normalmente quando senti (o estrondo). Lsenti como se fosse me afogar e não via nada. “Graças a Deus estamos bem, mas infelizmente outros estão sem vida”, acrescentou em uma conversa telefônica, depois de ser atendido em um hospital.
Os mineiros presos em Sutatausa estão a 900 metros de profundidade, o que dificulta os trabalhos de busca dos mais de 100 socorristas envolvidos, acrescentou o governador.
As tragédias mineiras são frequentes na Colômbia, especialmente nas explorações ilegais de Cundinamarca e em outros departamentos do centro e do nordeste do país. O Ministério de Minas e Energia registrou 1262 acidentes desse tipo desde 2011 até maio de 2022, deixando uma média de 103 mortes anuais. (AFP)