Economia
CVM vê vocação do Brasil para hub financeiro
O Brasil tem vocação para ser um hub financeiro e líder na América Latina. Assim como outros países que são centros globais, como Luxemburgo, o País acumula uma série de características para ascender a esse papel internacional. O diagnóstico é do superintendente de Supervisão Investidores Institucionais da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Daniel Maeda.
Entre essas características, Maeda destaca duas. Uma é o dinamismo e a flexibilidade da regulação da indústria de fundos e do mercado de capitais. Ele pontua que as regras não dependem de projetos de lei mas, sim, da autoridade reguladora. Diz que a arquitetura regulatória é baseada em normas e não em leis, como também é em Luxemburgo. Além disso, o Brasil tem uma rede de serviços financeiros bastante ampla, com gestoras, administradores e outra figuras necessárias na estruturação e distribuição de fundos de investimento.
O Chile, que tem a indústria de fundos de pensão bem organizada, poderia aproveitar essa estrutura e ter acesso ao mercado doméstico, exemplifica Maeda. Essa facilitação seria possível a partir de “passaportes” ou acordos bilaterais entre reguladores, diz o superintendente da CVM. Além de abrir o mercado brasileiro para o de outros países, os acordos bilaterais também permitiriam assegurar maior transparência e segurança para os investimentos no exterior, complementa. (Estadão Conteúdo)