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Economia

Governo quer manter o veto a despacho gratuito de bagagem

07 de Fevereiro de 2023 às 23:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
A cobrança inviabilizaria as empresas aéreas
A cobrança inviabilizaria as empresas aéreas "low cost" (Crédito: ARQUIVO JCS)

 

O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, afirmou ontem (7) que a ideia do governo é de que o Congresso pudesse manter o veto presidencial sobre o artigo que estabelecia a gratuidade do despacho de bagagem em viagens aéreas. Questionado pela reportagem se o assunto já foi alvo de discussões no governo do Luiz Inácio Lula da Silva (PT), França respondeu que sim. “A ideia da gente é que mantivesse o veto”, afirmou França.

A definição dessa pauta no Congresso é aguardada pelo setor. No ano passado, os parlamentares aprovaram um artigo que proibia as empresas aéreas de cobrar qualquer tipo de taxa por mala com até 23 kg em voos nacionais e com peso não superior a 30 kg em voos internacionais. Esse item, contudo, foi vetado por Jair Bolsonaro (PL) na sanção da lei, decisão que ainda pode ser revertida no Parlamento.

No governo Bolsonaro, vários ministérios, como de Infraestrutura e Economia, se uniram para convencer o então presidente a vetar a regra, já que seu retorno pode ser um impeditivo para a entrada de empresas “low cost” (baixo custo) no Brasil -- cujo modelo de negócio é praticamente inviabilizado se houver proibição de cobrança pelo despacho. As companhias argumentam que, sem poder cobrar por esse serviço, o custo será embutido na passagem de todos, inclusive de quem não leva bagagem extra.

Questionado sobre os preços do combustível de aviação, França afirmou que o tema está no radar do Ministério e do presidente Lula. Ele voltou a defender uma alternativa para que a precificação tenha como referência a produção brasileira, e não o produto importado.

“Para que o preço brasileiro seja compatível com o valor mundial vai ter que mudar devagarzinho a rota, acho que o novo presidente da Petrobras tem essa sensibilidade. Vamos encontrar um jeito de fazer a equação”, disse. (Estadão Conteúdo)