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Tesouro

Governo Central tem superávit de R$ 54 bilhões

O saldo anual -- que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central -- foi o melhor desempenho desde 2013

28 de Janeiro de 2023 às 00:42
Cruzeiro do Sul [email protected]
O resultado é o primeiro positivo desde 2013
O resultado é o primeiro positivo desde 2013 (Crédito: José Cruz/Agência Brasil)

As contas do Governo Central registraram superávit primário em 2022, o primeiro resultado no azul desde 2013. No ano passado, a diferença entre as receitas e as despesas ficou positiva em R$ 54,086 bilhões, equivalentes a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

O saldo anual -- que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central -- foi o melhor desempenho desde 2013, quando houve superávit de R$ 72,159 bilhões. O resultado divulgado ontem (27) sucedeu o déficit de R$ 35,068 bilhões de 2021.

O superávit do ano passado foi maior que a mediana das expectativas do mercado financeiro, de R$ 51 bilhões, de acordo com levantamento do Projeções Broadcast. O intervalo ia de R$ 46,900 bilhões a R$ 57,100 bilhões.

Em 2022, as receitas tiveram alta real de 9,7% em relação a 2021. Já as despesas subiram 2,1% no ano passado, já descontada a inflação. A meta fiscal para 2022 admitia um déficit de até R$ 170,5 bilhões nas contas do Governo Central.

Teto de gastos

As despesas sujeitas ao teto de gastos subiram 12,5% em 2022 na comparação com o executado em 2021, segundo o Tesouro Nacional.

Pela regra do teto, o limite de crescimento das despesas do governo é a variação acumulada da inflação no ano anterior. Porém, como o governo não ocupou todo o limite previsto em anos anteriores, havia na prática uma margem para expansão de até 15,2%. As despesas do Poder Executivo variaram 12,8% no período (a margem nesse caso era de 15,1%).

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, evitou polemizar ao ser questionado se o superávit entregue pela equipe do ex-ministro da Economia Paulo Guedes era “fabricado”. “Esse debate não é completamente técnico e prefiro não responder”, disse ele, para depois afirmar que era um fato o déficit acumulado nos últimos anos, em decorrência, sobretudo, dos gastos da pandemia da Covid-19. (Estadão Conteúdo)