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Economia

Arrecadação federal de novembro é de R$ 172 bilhões

É o maior valor obtido para o mesmo mês do ano desde 2013

22 de Dezembro de 2022 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
R$17 bilhões em notas fiscais falsas de 2018 a 2020
R$17 bilhões em notas fiscais falsas de 2018 a 2020 (Crédito: Divulgação)

A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 172,038 bilhões em novembro, segundo dados da Receita Federal divulgados ontem. O resultado representa aumento real (descontada a inflação) de 3,25% na comparação com novembro do ano passado, quando o recolhimento de tributos somou R$ 157,304 bilhões.

O valor arrecadado no mês passado foi o maior para meses de novembro desde 2013, quando somou R$ 191,494 bilhões, em valores corrigidos pelo IPCA. Em relação a outubro deste ano, houve queda real de 16,62% na arrecadação.

O Fisco apontou o crescimento real de 15,16% da arrecadação do IRPJ/CSLL em novembro. Também houve alta real de 59,88% na arrecadação do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF), em razão da apreciação da taxa Selic.

Por outro lado, as reduções de alíquotas do IPI, além do PIS/Cofins e Cide sobre combustíveis, diminuíram o recolhimento nessas fontes. Entre janeiro e novembro deste ano, as desonerações totais concedidas pelo governo resultaram em uma renúncia fiscal de R$ 107,334 bilhões, valor bem maior do que em igual período de 2021, quando ficaram em R$ 65,950 bilhões. Apenas no mês passado, as desonerações totalizaram R$ 11,742 bilhões, mais do que o dobro do registrado em novembro do ano passado (R$ 5,634 bilhões).

No acumulado do ano até novembro, a arrecadação federal somou R$ 2,008 trilhões, o maior volume para o período da série histórica iniciada em 1995. O montante ainda representa um avanço real de 8,8% na comparação com os 11 onze meses de 2021.

O secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, avaliou que a arrecadação está em bom caminho sem que o atual governo tenha aumentado impostos. “O aumento real da arrecadação mostra que o setor produtivo, o setor financeiro e o mercado de trabalho estão crescendo e gerando mais impostos”, acrescentou. (Estadão Conteúdo)