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Economia

Ibovespa cai para menor nível desde 1º de agosto

17 de Dezembro de 2022 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Índice cai 4,34% na semana
Índice cai 4,34% na semana (Crédito: MIGUEL SCHINCARIOL / ARQUIVO AFP)

O adiamento da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da transição e do projeto que muda a Lei das Estatais fez uma parte do mercado financeiro ir na contramão do exterior. O dólar caiu para menos de R$ 5,30. A bolsa de valores, no entanto, não teve a mesma tranquilidade e fechou no menor nível em quatro meses, pressionada também pelas bolsas norte-americanas.

Na B3, o índice de referência cedeu ontem 0,85%, aos 102.855,70 pontos, acumulando perda de 4,34% na semana e, até aqui, de 8,56% em dezembro -- a caminho, por enquanto, de seu pior desempenho mensal desde o mergulho de 11,5% em junho, até agora o pior para o Ibovespa desde o ponto mais baixo da pandemia de Covid-19, em março de 2020, quando cedeu 29,90%. Na semana, a queda de 4,34% sucede outro recuo, de 3,94%, após duas semanas de leves ganhos para o Ibovespa, respectivamente de 2,70% e 0,10%.

O nível de fechamento para o Ibovespa nesta sexta-feira foi o menor desde 1º de agosto, então aos 102.225,08 pontos. No ano, o Ibovespa, que virou para o negativo na última terça-feira, cede agora 1,88%.

Entre as ações de maior liquidez, o desempenho ao final misto no setor de commodities (Petrobras ON +0,28%, PN +0,05%; Vale ON -1,71%) impôs-se, durante a sessão, ao majoritariamente positivo entre os grandes bancos. Na ponta do Ibovespa, destaque, além de BB (terceira maior alta do dia), para Cemig (+2,91%) e Dexco (+2,62%). Do lado oposto, Magazine Luiza (-8,85%), Americanas (-7,89%) e CVC (-7,58%).

Houve desdobramentos com relação ao cenário doméstico, após a indicação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de que não há pressa, nem consenso, para a votação da mudança na Lei das Estatais aprovada esta semana na Câmara. Mesma falta de pressa e de consenso, vista também na Câmara esta semana, para outra questão pendente e que preocupa os investidores, pelo efeito sobre as contas públicas a partir de 2023: a PEC da Transição.

O dólar à vista terminou o dia de ontem cotado em R$ 5,2941, queda de 0,41%. (Estadão Conteúdo, Agência Brasil e Redação)