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Economia

BC mostra sistema Pix ao governo dos EUA

14 de Dezembro de 2022 às 00:01
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Roberto Campos Neto: agenda de inovação será mantida
Roberto Campos Neto: agenda de inovação será mantida (Crédito: JOSÉ CRUZ / ARQUIVO AGÊNCIA BRASIL )

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse ontem que representantes da autoridade monetária teve uma reunião com o governo dos Estados Unidos para mostrar como o Pix funciona no Brasil. “Ficamos surpresos com o interesse internacional. Fizemos eventos de cooperação técnica e abrimos protocolos para países que querem fazer Pix, de graça. O nosso foco atual é a América Latina, e começamos a ter também procura por países africanos”, afirmou, em evento organizado pelo Poder360 e PicPay.

Campos Neto reforçou que a visão do BC é de digitalização do sistema financeiro, com democratização.

“O Pix vai ser ou já está sendo plataforma para bancos darem crédito. Uma das prioridades para 2023 é Pix automático, como débito em conta”, completou o presidente do Banco Central.

Questionado se a mudança de governo pode alterar projetos digitais tocados pelo BC, Campos Neto, repetiu que a instituição tem autonomia e confirmou que deve continuar à frente da instituição até o fim do seu mandato em 2024.

Segundo ele, a agenda de inovação não deve mudar com a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “O Banco Central tem autonomia. Eu fico no cargo mais dois anos. Grande parte dos projetos do BC não é de um presidente ou de uma equipe, é da instituição. Eu peguei um legado muito bom do meu antecessor, que construiu vários caminhos, várias pontes‘, afirmou.

De acordo com Campos Neto, a agenda de inovação do BC foi adotada pelos funcionários da autarquia e vai continuar independentemente de quem estiver no governo, considerando também que a digitalização é exponencial e que ‘não podemos perder esse caminho‘.

“Acho que, na outra parte, pode haver mais adaptações. Nessa parte, na visualização do que é o futuro financeiro, vejo que é um pouco independente. Minha resposta é de que não vai mudar com o novo governo. Precisamos de melhorias”, disse, sem detalhar quais seriam as adaptações. (Estadão Conteúdo)