Otimismo
Auxílio Brasil e melhora no emprego fazem vendas no varejo crescer
Nos últimos três meses de avanços consecutivos, as vendas no comércio varejista acumularam alta de 1,7%

Sustentado pela injeção de recursos do Auxílio Brasil e por uma melhora no mercado de trabalho, o comércio varejista iniciou o quarto trimestre no azul. As vendas cresceram 0,4% em outubro ante setembro. No varejo ampliado, que inclui os segmentos de veículos e material de construção, o avanço foi de 0,5%. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Nos últimos três meses de avanços consecutivos, as vendas no comércio varejista acumularam alta de 1,7%. No entanto, houve crescimento efetivo apenas em setembro (1,2%). A inadimplência, o crédito caro e pressões inflacionárias ainda impedem vendas mais robustas, disse Cristiano Santos, gerente da pesquisa do IBGE.
Santos diz que as vendas de móveis e eletrodomésticos e de informática e comunicação subiram diante de uma certa antecipação de promoções e compras da Black Friday.
Cinco das oito atividades que integram o comércio varejista registraram avanços nas vendas em outubro ante setembro, segundo o IBGE. Houve expansão em móveis e eletrodomésticos (2,5%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (2,0%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,0%), combustíveis e lubrificantes (0,4%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,2%).
Na direção oposta, as atividades com resultados negativos foram artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,4%), tecidos, vestuário e calçados (-3,4%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-3,8%).
No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, houve elevação de 0,5% em outubro ante setembro. O segmento de veículos, motos, partes e peças registrou queda de 1,7%, enquanto material de construção encolheu 3,5%.
Pré-pandemia
O volume de vendas do varejo chegou a outubro em patamar 3,4% acima do nível de fevereiro de 2020, no pré-pandemia. No varejo ampliado, as vendas operam 0,9% abaixo do pré-pandemia. (Estadão Conteúdo e Redação)