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Cade proíbe acordos de exclusividade da Ambev em bares

Decisão abrange São Paulo, Rio de Janeiro e outros municípios

26 de Outubro de 2022 às 01:26
Cruzeiro do Sul [email protected]
Determinação garante concorrência de marcas de cerveja
Determinação garante concorrência de marcas de cerveja (Crédito: DIVULGAÇÃO AMBEV)

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) proibiu a Ambev de firmar novos contratos de exclusividade ou renovar acordos já existentes para a venda de cerveja com bares e restaurantes em bairros do Rio de Janeiro e de São Paulo, entre outros municípios.

A decisão atinge áreas específicas. Em São Paulo, a decisão cobre a zona central (centro expandido, centro histórico, Vila Mariana, Pinheiros, Mooca, Lapa, Sé, República, Itaim Bibi e Ipiranga), e, no Rio de Janeiro, a zona sul, Barra e Recreio.

A Ambev e, neste caso, também a concorrente Heineken estão proibidas de assinar e renovar contratos de exclusividade no Distrito Federal -- no Plano Piloto, Lago Sul, Lago Norte e adjacências.

Além disso, foi determinado que, até o fim do ano, a Ambev e a Heineken não poderão celebrar ou renovar acordos com bares e restaurantes em partes de Maceió, Salvador, Fortaleza, Recife e o município de Lauro de Freitas (BA). Para a Ambev, a proibição vale ainda para Campinas e o município de Campos do Jordão.

Em nota, a Ambev afirmou que segue com o “compromisso de manter um ambiente concorrencial justo, respeitando a legislação concorrencial brasileira e as práticas de mercado”.

Em setembro, o Cade havia proibido a Ambev de firmar novos contratos de exclusividade para a venda de cerveja até o fim da Copa do Mundo, que termina em 18 de dezembro. Na mesma decisão, o órgão determinou que a empresa e a Heineken só poderiam renovar ou substituir contratos já existentes até o limite de 20% do número de bares, restaurantes e casas de shows de determinado bairro ou município, o que teria de ser informado ao Cade periodicamente.

Desde então, as empresas apresentaram dados a respeito dos acordos já existentes e também reclamaram da dificuldade de monitoramento da decisão anterior.

O Cade acatou em parte o pedido das empresas, o que levou à mudança apresentada ontem, que passou a considerar a proibição por região, mas acabou estendendo o prazo para além da Copa do Mundo. (Estadão Conteúdo)