Economia
Bolsonaro diz que Guedes fica em eventual 2º mandato
O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, afirmou ontem que, a depender dele, o ministro da Economia, Paulo Guedes, deve permanecer no governo num eventual segundo mandato. A declaração foi dada em entrevista gravada para a TV Alterosa, concedida ao lado do governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Na ocasião, o presidente ainda disse que comparecerá a “todos os debates” eleitorais.
“Não está previsto sair ninguém, a não ser que queira sair. Paulo Guedes fica. Ele foi um dos melhores ministros da Economia do mundo, levando-se em conta inclusive a questão da pandemia. Como Roberto Campos, pelo terceiro ano seguido, é o melhor ministro em alguns muitos critérios, do Banco Central, que agora nós demos independência no BC”, disse Bolsonaro, emendando que Guedes é o “nosso Pelé” na economia.
“Então por mim ele continua. Eu não sei se pela idade, se ele quer continuar. Ele ou outro. No momento nenhum ministro falou que quer deixar o governo numa possível reeleição minha”, continuou.
Na entrevista, Bolsonaro repetiu ainda estar no “radar” a recriação do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços caso seja reeleito, ideia que, segundo ele, foi lançada pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e já estaria acertada com Guedes. O eventual futuro ministro da pasta poderia ser um mineiro, indicou o candidato.
Bolsonaro também disse que acertou com Guedes a desoneração da folha de pagamento da saúde, uma das medidas para custear o piso salarial da enfermagem. Ele não adiantou quando a medida seria colocada em prática ou deu detalhes sobre o impacto fiscal.
Projeto nesse sentido está parado hoje no Senado, e não deve ser votado antes do fim das eleições. Na terça-feira, a Câmara aprovou um projeto de lei complementar que destina recursos para que as Santas Casas possam arcar com o piso salarial da enfermagem. (Estadão Conteúdo)