Economia
FMI piora projeção para economia global no próximo ano
Organismo estima que o Produto Interno Bruto (PIB) global cresça 2,7% em 2023
![FMI](https://www.jornalcruzeiro.com.br/_midias/jpg/2022/07/26/2022_07_26t130922z_1_lynxmpei6p0jn_rtroptp_4_macro_fmi_projecoes-960598.jpg)
O Fundo Monetário Internacional (FMI) piorou suas projeções para a economia mundial em 2023 e passou a prever recessão na Alemanha e na Itália, além da Rússia. O organismo estima que o Produto Interno Bruto (PIB) global cresça 2,7% no próximo ano, de acordo com o relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO, na sigla em inglês), publicado ontem, em paralelo às suas reuniões anuais, que acontecem em Washington. A estimativa anterior era de avanço de 2,9%. Para 2022, o Fundo manteve previsão de expansão de 3,2%.
O pior para a economia mundial ainda está por vir, alertou o Fundo. “Mais de um terço da economia global vai se contrair em 2023, enquanto as três maiores economias (Estados Unidos, União Europeia e China) vão continuar estagnadas”, afirmou, acrescentando que, “para muitas pessoas, 2023 parecerá uma recessão”.
De acordo com o organismo, a economia global continua a enfrentar “grandes desafios”. Pesam, sobretudo, efeitos persistentes de “três forças poderosas”: a invasão russa à Ucrânia; uma crise de custo de vida causada por pressões inflacionárias persistentes e crescentes; e a desaceleração na China.
O diretor do Departamento de Pesquisas do Fundo Monetário Internacional (FMI), Pierre-Olivier Gourinchas, ressaltou riscos para a Europa, no contexto da guerra na Ucrânia e das sanções contra a Rússia.
Brasil
Para o Brasil, o FMI melhorou mais uma vez a projeção para o desempenho da atividade econômica neste ano, na esteira de uma recuperação acima do previsto, com suporte dos preços da commodities. Por outro lado, reforçou o coro de bancos estrangeiros e consultorias e piorou novamente sua estimativa para o próximo ano. O organismo espera que o País cresça 2,8% em 2022. A estimativa anterior era de avanço de 1,7%.
As projeções do FMI seguem uma visão de que as economias da América Latina, dentre elas o Brasil, têm apresentado recuperação acima do esperado neste ano. (Estadão Conteúdo)