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Economia

UE lançará medidas ‘sem precedentes’ para crise energética

Ministros da Energia dos países da União Europeia (UE) discutiram a possibilidade de adotar um teto para o preço do gás importado

11 de Setembro de 2022 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Rússia reduz fornecimento de gás a países europeus
Rússia reduz fornecimento de gás a países europeus (Crédito: ODD ANDERSEN / ARQUIVO AFP (30/8/2022))

A Comissão Europeia prometeu apresentar um conjunto de medidas inéditas nos próximos dias para lidar com a crise energética, que tem provocado aumentos históricos nas contas dos consumidores do bloco.

“Vamos propor medidas sem precedentes, para uma situação também sem precedentes”, disse o comissário europeu de Energia, Kadri Simson, ao final de uma reunião extraordinária de ministros europeus em Bruxelas, na sexta-feira.

Nesta reunião, os ministros da Energia dos países da União Europeia (UE) discutiram a possibilidade de adotar um teto para o preço do gás importado, em meio a um aparente consenso sobre a necessidade de medidas urgentes.

Josef Sikela, chefe da Indústria da República Tcheca (país que detém a presidência semestral da UE), observou que os ministros pediram à Comissão Europeia (braço executivo do bloco) “que apresente uma proposta sólida e tangível” sobre como avançar nesta questão.

Em entrevista coletiva, Sikela assegurou que havia apoio majoritário à ideia de um preço máximo do gás, mas pediu tempo para definir como a iniciativa seria implementada.

Nessa mesma coletiva, Simson lembrou que a proposta inicial da Comissão Europeia era impor um teto ao preço do gás russo.

De acordo com ele, o objetivo da proposta da Comissão é “contrapor a manipulação da Rússia nas entregas de gás para a Europa, e por isso faz sentido focar no gás russo”, mas acrescentou que “nada está fora da mesa” das discussões.

A prioridade, disse Simson, é intensificar os contatos com os países “mais dependentes do gás russo no momento, porque há algumas alegações de que eles estão tendo dificuldade em encontrar rotas alternativas de abastecimento”.

Ao final da reunião, o ministro italiano da Transição Ecológica, o físico Roberto Cingolani, salientou que havia uma “forte maioria” a favor da adoção de um teto geral no preço do gás importado para a Europa.
Segundo Cingolani, 15 países expressaram essa posição na reunião a portas fechadas, com três preferindo limitá-la apenas ao gás russo. (AFP)