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Economia

Setor de serviços tem alta de 0,7% em junho, aponta IBGE

Avanço foi de 8,8% no 1º semestre em relação ao mesmo período de 2021

12 de Agosto de 2022 às 00:01
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Serviços profissionais, administrativos e no segmento de transporte se destacaram
Serviços profissionais, administrativos e no segmento de transporte se destacaram (Crédito: FERNANDO FRAZÃO / ARQUIVO AGÊNCIA BRASIL)

O volume de serviços prestados em junho registrou expansão de 0,7%, na comparação com maio, com avanços em quatro das cinco atividades pesquisadas, de acordo com dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Pela pesquisa, foram destaques os desempenhos dos segmentos de transportes (0,6%) e de serviços profissionais, administrativos e complementares (0,7%). As demais altas ocorreram em outros serviços (0,8%) e serviços prestados às famílias (0,6%). A única taxa negativa em junho foi registrada pelo segmento de informação e comunicação (-0,2%).

Segundo o IBGE, o transporte de cargas foi puxado principalmente pelo escoamento de insumos e produtos da agropecuária e da indústria e pelo “boom” do comércio eletrônico. No mês de junho de 2022 em relação a junho de 2021, o volume de serviços prestados teve uma alta de 6,3%.

O setor avançou 8,8% no primeiro semestre de 2022 em relação ao mesmo período do ano anterior. Também está 7,5% acima do nível de fevereiro de 2020, antes da pandemia de Covid-19. O acumulado em 12 meses no volume de serviços total vem registrando diminuição no ritmo, ao passar de 11,7% em maio para 10,5% em junho de 2022.

Entre as 27 unidades da federação, dez tiveram aumento no volume de serviços de maio para junho. Os principais impactos foram do Rio de Janeiro (2,4%), Paraná (2,5%), Rio Grande do Sul (2,1%) e São Paulo (0,2%). As principais quedas foram de Minas Gerais (3%), Amazonas (5,1%), Ceará (3,8%) e Pernambuco (2,4%).

PIB

Após a divulgação do resultado do setor de serviços, o Itaú Unibanco aumentou sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, de 0,8% para 1%, na comparação com o primeiro trimestre do ano. A revisão foi atribuída a “dados mensais robustos”. A expectativa de um segundo trimestre mais forte elevou ainda a estimativa do banco para o PIB no fechamento do ano, de uma alta de 2% para 2,2%.

Já o C6 Bank manteve sua previsão de um avanço de 1,4% para o PIB no segundo trimestre, em relação ao primeiro trimestre deste ano. Para 2022, o banco prevê uma elevação de 2% no PIB, que seria sucedida por uma estagnação em 2023.

“Apesar do dado mais forte de serviços em junho, o segundo semestre deste ano deve mostrar trajetória de desaceleração da atividade. A desaceleração da economia global, o impacto dos efeitos dos juros elevados e a queda nos preços de commodities são fatores que contribuem para esta perspectiva”, avaliou a economista Claudia Moreno, do C6 Bank. (Estadão Conteúdo e Agência Brasil)