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Economia

Bolsonaro pede juros menores em consignados de inscritos no BPC

09 de Agosto de 2022 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Presidente participou de reunião na sede da Febrabran
Presidente participou de reunião na sede da Febrabran (Crédito: MARCELO CAMARGO / ARQUIVO ABR (3/8/2022))

O presidente da República, Jair Bolsonaro, pediu ontem a banqueiros reunidos em evento promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em São Paulo, que reduzam juros cobrados sobre empréstimos consignados contraídos por inscritos no Benefício de Prestação Continuada (BPC). A possibilidade foi autorizada na semana passada para beneficiários do BPC, do Auxílio Brasil e do Renda Mensal Vitalícia (RMC).

“Faço apelo para vocês agora, vai entrar pessoal do BPC no consignado. Isso é garantia, desconto em folha. Se puderem reduzir o máximo possível”, declarou o presidente no evento, citando o episódio em que pediu a supermercadistas a redução da margem de lucro em produtos da cesta básica.

Como resposta, o presidente ouviu que a política de juros não é responsabilidade só do setor bancário. “As taxas de juros precisam realmente ser mais baixas, mas isso não depende apenas da vontade dos bancos”, disse o presidente da Febraban, Isaac Sidney. Segundo ele, os bancos também defendem juros baixos, mas que, para as taxas caírem, as condições da economia têm de permitir.

Lei sancionada na última quarta-feira autoriza a concessão de crédito consignado a inscritos nos programas de renda do governo, ao limite de 40%. Instituições bancárias, no entanto, resistem a aderir à proposta.

O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junior, disse na sexta-feira que o banco não vai operar o empréstimo consignado do Auxílio Brasil pelo caráter transitório e, assim, de risco, do benefício. O auxílio de R$ 600 vence em dezembro.

Lazari esteve presente no evento da Febraban com Bolsonaro, assim como os CEOs Milton Maluhy (Itaú Unibanco), Roberto Sallouti (BTG Pactual), Mário Leão (Santander Brasil), Marcelo Marangon (Citibank) e outros.

Benefícios

O governo dá início nesta terça-feira ao pagamento de três programas sociais viabilizados pela chamada PEC dos benefícios: o Auxílio Brasil “turbinado” de R$ 600, o vale-gás de R$ 110 e a bolsa-caminhoneiro de R$ 1 mil. Todos são válidos até o fim de 2022. (Estadão Conteúdo e Redação)