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Economia

Receita abre consulta ao 3º lote de restituição do Imposto de Renda

Valores devem ser depositados no dia 29 de julho, próxima sexta-feira

22 de Julho de 2022 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Há mais dois lotes de restituição do IR: em agosto e setembro
Há mais dois lotes de restituição do IR: em agosto e setembro (Crédito: PEDRO HENRIQUE NEGRÃO / ARQUIVO JCS)

A Receita Federal deve abrir hoje (22) a consulta ao 3º lote de restituição do Imposto de Renda. Os valores serão depositados no dia 29 de julho, próxima sexta-feira, na conta que foi informada pelo contribuinte na declaração. Neste ano, também é possível receber o dinheiro pelo sistema Pix, desde que a chave seja o número do CPF do declarante.

Neste 3º lote recebem os contribuintes que enviaram a declaração e não caíram na malha fina. Cidadãos com prioridade legal que saíram da malha também recebem.

Normalmente, as consultas aos lotes são liberadas uma semana antes dos depósitos. Neste ano, a restituição será paga em cinco lotes. Outros dois lotes serão pagos no dia 31 de agosto (4º) e no dia 30 de setembro (5º e último).

Desde o 2º lote, a restituição é paga com a correção pela taxa básica de juros da economia, a Selic. Atualmente a Selic está em 13,25% ao ano, desde a última reunião do Comitê de Políticas Monetárias (Copom), do Banco Central, realizada no dia 15 de junho.

No 2º lote foram contemplados 4,2 milhões de contribuintes, com o valor total de R$ 6,3 bilhões. Desse montante, R$ 2,7 bilhões foram reservados aos contribuintes com prioridade legal, entre eles idosos acima de 60 anos, com preferência para os maiores de 80 anos, pessoas com deficiência física ou mental ou moléstia grave e cidadãos cuja maior fonte de renda é o magistério.

Para saber se a restituição está disponível, o contribuinte deve acessar a página da Receita na internet (www.gov.br/receitafederal), clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, em “Consultar a Restituição”.

O pagamento da restituição é realizado diretamente na conta bancária informada na declaração do Imposto de Renda. Se, por algum motivo, o crédito não for realizado, os valores ficarão disponíveis para resgate por até um ano no Banco do Brasil.  

Puxada por combustíveis, arrecadação é recorde

A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 181 bilhões em junho, um aumento real (descontada a inflação) de 18% ante o mesmo mês de 2021. O valor arrecadado no mês passado foi o maior para meses de junho desde o início da série histórica, em 1995. No primeiro semestre, a arrecadação somou R$ 1,089 trilhão, também maior volume para o período desde o início da série histórica, alta real de 11% na comparação com os primeiros seis meses de 2021.

Economistas, no entanto, são reticentes se o comportamento vai continuar benigno no segundo semestre. “Isso é importante porque confirma nossas previsões de que a economia iria surpreender, mais uma vez, os analistas. É um sintoma inequívoco de que o crescimento econômico está surpreendendo”, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Para o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, a surpresa positiva com a arrecadação de junho foi puxada por combustíveis (R$ 14,8 bilhões) e entidades financeiras (R$ 20,9 bilhões). Com o resultado, esses itens apresentaram crescimentos reais de 463% e 20,4%, respectivamente, em relação ao mesmo mês de 2021. “Esse crescimento da arrecadação tem acontecido porque a inflação está bombando, o preço dos combustíveis subiu demais. Agora com as reduções, vamos ver como vai se comportar de julho em diante”, observou Agostini. (Da Redação com Estadão Conteúdo)