Buscar no Cruzeiro

Buscar

Economia

Banco Central eleva projeção de alta do PIB para1,7% neste ano

24 de Junho de 2022 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Revisão do crescimento econômico foi apresentada ontem.
Revisão do crescimento econômico foi apresentada ontem. (Crédito: MARCELLO CASAL JR. / ARQUIVO AGÊNCIA BRASIL (25/1/2022))

O Banco Central (BC) projetou, para 2022, alta de 1,7% do Produto Interno bruto (PIB) brasileiro. A previsão anterior, divulgada em março, era de um crescimento de 1%. A revisão foi apresentada ontem pelo diretor de Política Econômica do BC, Diogo Abry Guillen, em coletiva de imprensa que contou com a participação do presidente do BC, Roberto Campos Neto.

O anúncio foi uma prévia do relatório trimestral de inflação, adiado para o dia 30, devido à greve de servidores do órgão.

De acordo com nota do BC, há expectativa de “arrefecimento da atividade no segundo semestre” em decorrência dos “efeitos cumulativos do aperto monetário; da persistência de choques de oferta; e das antecipações governamentais às famílias para o primeiro semestre”.

Guillen cita como principais componentes da demanda doméstica a alta no consumo das famílias e o recuo dos investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo - FBCF).

O BC aumentou as projeções para a inflação nos próximos três anos. Para 2022, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) projetado passou dos 6,3%, previstos em março, para 8,8% nesta projeção de junho. O centro da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano está em 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Para 2023, ano em que a meta está em 3,25%, o BC projeta inflação de 4%, ante aos 3,1% divulgados em março. Já para 2024, ano em que a meta definida pelo CMN está em 3%, as projeções passaram de 2,3% para 2,7%.

Perguntado se a credibilidade do sistema de metas de inflação poderia ser afetada, em meio ao cenário de incertezas, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse trabalhar também com uma meta secundária de suavização, “olhando um pouco o balanço de tudo que fizemos e o balanço de riscos que existe hoje, e como isso influencia as decisões futuras”. (Agência Brasil)