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Economia

Empresa de transformação de carros terá 3ª fábrica na RMS

Revolution possui unidade em Sorocaba e prepara a segunda de Tatuí

17 de Maio de 2022 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Empresa monta ambulâncias, viaturas policiais e de bombeiros.
Empresa monta ambulâncias, viaturas policiais e de bombeiros. (Crédito: DIVULGAÇÃO)

Adquirida pelo fundo de investimento americano Aetreum em 2021, a Revolution, empresa vista como uma “extensão” das montadoras por fazer adaptação e transformação em veículos, inaugurou há três meses uma segunda fábrica em Tatuí -- na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS) -- e vai começar a construção da terceira no fim do ano. Outro projeto para 2023 é atuar na adaptação de modelos a combustão em elétricos.

Atualmente, a empresa transforma veículos tradicionais em ambulâncias, viaturas policiais e carros de bombeiro. O serviço é direcionado a veículos especiais de órgãos públicos, nicho que deve faturar R$ 800 milhões este ano.

Só a Revolution deve abocanhar 65% desse valor, prevê Flávio Almada, presidente da empresa. “Além de empresa de engenharia e projetos, nós desconstruímos carros para reconstruí-los de acordo com a necessidade do cliente”, explica Almada. “São retirados itens como parte elétrica, chicotes e mexemos na estrutura.” Ambulâncias e carros de bombeiro, por exemplo, precisam de estruturas reforçadas.

Almada projeta um mercado de 80 mil veículos especiais este ano, 18% a mais do que em 2021. A maior parte deve ser de vans e SUVs para uso da polícia, segmento que ficou represado nos últimos dois anos, quando a demanda foi maior por ambulâncias em razão da pandemia.

O grupo chegou ao País há seis anos e tem sede em Sorocaba. A terceira fábrica produzirá peças e sistemas de sinalizadores -- hoje adquiridos de terceiros --, ao lado da de Tatuí. O grupo emprega 700 pessoas, a maioria engenheiros.

Desde a venda, a empresa -- que pertencia à multinacional americana Rev -- teve a produção ampliada de 400 para 2 mil unidades ao mês. O faturamento mensal passou de R$ 7 milhões para até R$ 52 milhões.

A empresa é homologada pela maioria das montadoras. São elas que participam das licitações e repassam a tarefa para a transformadora. Segundo Almada, há no máximo quatro empresas no Brasil especializadas no atendimento exclusivo a órgãos públicos. (Estadão Conteúdo e Redação)