Economia
Empregos crescem em março, mas salários caem, aponta Caged
Saldo foi de 136 mil vagas em março, que totalizam 615 mil no 1º trimestre
O mercado de trabalho formal registrou saldo positivo de 136.189 carteiras assinadas em março, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Previdência. Em contrapartida, o salário médio com carteira assinada caiu de R$ 1.910,79, em fevereiro, para R$ 1.872,07 em março.
Embora as contratações tenham apresentado saldo positivo, a abertura de vagas foi menor do que em fevereiro, quando houve 329.404 admissões com carteira assinada. A abertura de vagas em março foi novamente puxada pelo desempenho do setor de serviços, com a criação de 111.513 postos formais, seguido pela construção civil, que abriu 25.059 vagas. No acumulado dos três primeiros meses de 2022, o saldo do Caged está positivo em 615.173 vagas.
Apesar do resultado, o Ministério do Trabalho e Previdência informou que os pedidos de seguro-desemprego aumentaram. Foram 674.603 em março, ante 550.265 em fevereiro. Também foi o maior volume para o mês desde março de 2017 (702.842).
O secretário executivo do Ministério do Trabalho, Bruno Dalcolmo, lembrou que o Benefício Emergencial de Manutenção e Renda (BEm), que permitiu às empresas cortarem salários e jornada ou suspenderem os contratos durante a pandemia, segurou as demissões nos últimos dois anos, mas é possível que os pedidos de seguro-desemprego aumentem nos próximos meses, à medida que acabe a proteção provisória conferida pelo programa -- que vigorou até agosto de 2021. (Estadão Conteúdo)