O Global Wind Energy Council (GWEC) divulgou ontem relatório completo, detalhado e analítico do setor eólico mundial e que mostra o Brasil subindo uma posição no Ranking de Capacidade Total Instalada de Energia Eólica Onshore em 2021, passando a ocupar a 6ª posição, informou a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). Em 2012, o País ocupava o 15º lugar, ressaltou a associação.

No ano passado, o Brasil foi também o terceiro País que mais instalou usinas eólicas no mundo, segundo o GWEC. No ranking de capacidade instalada do ano passado, o Brasil registrava 21,5 gigawatts (GW) de capacidade instalada em usinas eólicas onshore, superado pela Espanha (28,3 GW); Índia (40 GW); Alemanha (56,8 GW); EUA (134,3 GW) e China (310,6 GW).

O relatório do Global Wind Report 2022 mostra que a capacidade mundial aumentou 93,6 GW em 2021, levando a capacidade total acumulada de energia eólica para 837 GW, o que representa um crescimento ano a ano de 12%.

No Brasil, a energia eólica é a segunda maior fonte da matriz energética, com 10,8% de participação, fica atrás apenas da energia hidrelétrica, que representa 54% de toda a energia do Brasil.

795 parques

Elbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), ressalta que Brasil já conta com 795 parques eólicos. A maioria deles fica na região Nordeste, privilegiada pelos ventos. “São mais de 9 mil aerogeradores em operação”, diz Elbia. “Considerando o que já temos em contratos assinados, vamos chegar a 2026 com pelo menos 36 GW. Ainda podemos subir mais um pouco no ranking e temos grandes chances disso”, comentou.

No ano passado, assim como em 2020, o Brasil também foi o 3º país que mais instalou usinas eólicas, ficando apenas atrás da China e dos Estados Unidos. (Estadão Conteúdo e Redação)