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Governo autoriza reajuste de mais de 10% nos medicamentos

Aumento dos preços atinge pelo menos 13 mil remédios disponíveis em farmácias e drogarias a partir desta quinta-feira (31)

29 de Março de 2022 às 22:30
Cruzeiro do Sul [email protected]
O Ministério da Saúde incorporou ao SUS dois medicamentos contra a  anemia -- a ferripolimaltose e a carboximaltose
O Ministério da Saúde incorporou ao SUS dois medicamentos contra a anemia -- a ferripolimaltose e a carboximaltose (Crédito: Divulgação)

A partir desta quinta-feira (31), o brasileiro que precisar comprar algum medicamento poderá pagar mais caro pelo produto. O governo federal autorizou reajuste de 10,89% no país, sob o argumento da recomposição anual de preços dos remédios. De acordo com o Sindicato dos Produtos da Indústria Farmacêutica (Sindusfarma), o percentual de reajuste foi definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

A entidade informa, ainda, que esse aumento vai alcançar pelo menos 13 mil apresentações de medicamentos disponíveis em farmácias e drogarias do país. Em nota enviada ao Estadão, o Sindusfarma informa que o reajuste não é automático nem imediato, pois a grande concorrência entre as empresas do setor regula os preços: medicamentos com o mesmo princípio ativo e para a mesma classe terapêutica (doença) são oferecidos no país por vários fabricantes e em milhares de pontos de venda.

O presidente executivo da entidade, Nelson Mussolini, faz uma ressalva e diz que dependendo da reposição de estoques e das estratégias comerciais dos estabelecimentos, aumentos de preços podem demorar meses ou nem acontecer.

A inflação medida pelo IPCA, que foi de 10,54%, é a base de cálculo para o reajuste dos preços dos medicamentos. Entram na fórmula, ainda, a produtividade do setor, que foi de zero; o fator de ajuste de preços relativos entre setores, que alcançou 0,35%; e o fator de ajuste de preços relativos intrassetor, que ficou em zero. (Da Redação, com informações de Conteúdo Estadão)