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Economia

Operação de fiscais para fábricas de eletrônicos

10 de Fevereiro de 2022 às 00:01
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Superintendência da Receita Federal, em Brasília.
Superintendência da Receita Federal, em Brasília. (Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A operação-padrão dos fiscais da Receita Federal começou a provocar paradas de produção na indústria de aparelhos eletrônicos, dada a lentidão no desembaraço de cargas nos portos. As dificuldades na liberação de peças importadas aumentaram, atingindo mais da metade (55%) dos fabricantes de produtos como televisão, celular e notebook, conforme levantamento com associados feito nos últimos onze dias pela Abinee, entidade que representa o setor.

Além de atrasos em quatro de cada dez empresas, surgiram relatos de interrupção de produção em 31% das fábricas, já que, por conta da operação tartaruga dos auditores fiscais, as cargas não chegam a tempo nas linhas. O levantamento anterior, realizado entre 11 e 18 de janeiro, revelou atrasos no abastecimento de insumos, o que já vinha comprometendo o ritmo de produção, porém sem paralisações como revelado agora.

Outra novidade trazida pela última pesquisa da Abinee é a revelação de que 18% das fábricas de eletroeletrônicos começaram a ter dificuldades também para exportar, em função da morosidade em operações de embarque, no desembaraço das mercadorias e em inspeções das cargas.

Se no levantamento anterior as exportações não eram um problema reportado, agora as empresas apontam filas de caminhões parados à espera de liberação em fronteiras rodoviárias.

Há consequências no custo das operações de comércio exterior, dado que o valor gasto com armazenagem sobe com as cargas paradas por mais tempo nos portos. “Isso é preocupante porque se reflete em aumento no preço do produto. As taxas de armazenagem são infernais. Alguma providência precisa ser tomada urgentemente”, cobra Humberto Barbato, presidente da Abinee. (Estadão Conteúdo)