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Saúde

Saúde diminui intervalo da dose de reforço de cinco para quatro meses

Nota técnica do Ministério da Saúde também estabelece uma quarta dose do imunizante, para todos os imunocomprometidos

20 de Dezembro de 2021 às 16:39
Cruzeiro do Sul [email protected]
De 20 a 26 de novembro, postos de vacinação em todo País estarão preparados para intensificar a imunização.
Saúde diminui intervalo da dose de reforço de cinco para quatro meses (Crédito: FÁBIO RODRIGUES POZZEBOM / AGÊNCIA BRASIL)

Como anunciado no último sábado (18), o Ministério da Saúde publicou nota técnica na manhã desta segunda-feira (20), na qual determina a redução do intervalo de aplicação da dose de reforço da vacina contra o coronavírus para quatro meses. O documento também estabelece agora uma quarta dose do imunizante, a ser aplicada quatro meses depois da terceira em todos os imunocomprometidos acima dos 18 anos.

A nota é assinada por Rosana de Leite Melo, secretária executiva de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde. No documento, ela frisa "a capacidade das diferentes vacinas em induzir memória imunológica, bem como de amplificar a resposta imune com dose de reforço ao esquema vacinal inicial na população em geral acima de 18 anos de idade no Brasil".

Para aqueles que têm 18 anos ou mais e foram imunizados com a vacina de aplicação única da Janssen, a dose de reforço (segunda) deve ser administrada dois meses depois. Já gestantes e puérperas (45 dias após o parto) devem receber o reforço cinco meses após completarem o esquema vacinal. Neste caso, o imunizante indicado é o da Pfizer.

A estratégia foi anunciada como uma forma de conter o avanço da variante Ômicron no Brasil. Em São Paulo, o intervalo de quatro meses para a dose de reforço foi adotado desde o último dia 2.

A ideia de uma quarta dose foi inicialmente apresentada por Rosana em 8 de outubro, durante reunião com a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI). Na ocasião, a secretária apresentou quatro cenários possíveis de planejamento da compra de vacinas para 2022. Em dois dos modelos propostos, o governo federal previa a vacinação semestral de idosos acima dos 60 anos. (Estadão Conteúdo)

Confira a lista de comorbidades encaradas como "alto grau de imunossupressão" pelo Ministério da Saúde:

  • Imunodeficiência primária grave;
  • Quimioterapia para câncer;
  • Transplantados de órgão sólido ou de células tronco hematopoiéticas (TCTH) com uso de drogas imunossupressoras;
  • Pessoas vivendo com HIV/AIDS;
  • Uso de corticóides em doses =20 mg/dia de prednisona, ou equivalente, por =14 dias;
  • Uso de drogas modificadoras da resposta imune;
  • Auto-inflamatórias, doenças intestinais inflamatórias;
  • Pacientes em hemodiálise;
  • Pacientes com doenças imunomediadas inflamatórias crônicas.