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Economia

Economia é ’muito mais forte’, diz Guimarães

14 de Dezembro de 2021 às 00:01
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Alta da taxa de juros é pontual, diz o presidente da Caixa.
Alta da taxa de juros é pontual, diz o presidente da Caixa. (Crédito: VALTER CAMPANATO / ARQUIVO ABR (10/11/2021))

O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou ontem que “a economia vai ser muito mais forte do que as pessoas colocam”, numa referência ao crescimento econômico de 2022. Em seminário no Rio, o executivo destacou o papel do auxílio emergencial, pago pelo governo federal e operacionalizado pela Caixa em 2020 e 2021 para mitigar a crise causada pela Covid-19, no desempenho da economia
Segundo Guimarães, com a transferência de renda temporária, a economia “caiu 4%, e não 10%” em 2020 e “vai crescer muito mais do que o zero em 2022”.

Para justificar o otimismo com o desempenho da economia, o presidente da Caixa citou o comportamento das taxas de juros futuros. Outro sinal de otimismo para a atividade econômica seria o desempenho da Caixa. Segundo Guimarães, o banco emprestará mais em 2022.

O executivo estimou o crescimento do crédito entre 10% e 15% ano que vem. O crescimento do crédito não será afetado pelo ciclo de aperto monetário iniciado em março, conforme Guimarães.

“A alta pontual da Selic (a taxa básica de juros, hoje em 9,75% ao ano) é de curto prazo”, disse o presidente da Caixa, em discurso durante seminário promovido pelo Instituto de Estudos Jurídicos Aplicados (Ieja).

Além de pontual, o ciclo de alta nos juros se deveria, segundo ele, ao fato de que o nível mínimo de 2% ao ano da Selic, atingido durante a pandemia, “nunca foi sustentável”, tendo sido atingido apenas para combater a crise causada pela Covid. Conforme Guimarães, a “alta pontual” dos juros não afetará a expansão do crédito por parte da Caixa.

O crescimento econômico de 2022 poderá chegar a 2,0% sobre 2021, afirmou o presidente da Caixa, ao explicar a jornalistas seu cenário para a economia, mais otimista que a média do mercado. Segundo Guimarães, seu cenário é baseado na observação do comportamento da economia no interior do País, algo que não é levado em conta por analistas de mercado. “As pessoas deveriam sair de São Paulo, Rio e Brasília e viajar pelo Brasil, como temos feito”, afirmou. (Estadão Conteúdo)