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Economia

Paulo Guedes espera reforma administrativa ainda este ano

Ministro pediu apoio de senadores à aprovação da PEC dos precatórios

18 de Novembro de 2021 às 00:01
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Guedes criticou lobby em Brasília contra a reforma tributária.
Guedes criticou lobby em Brasília contra a reforma tributária. (Crédito: WILSON DIAS / ARQUIVO AGÊNCIA BRASIL (22/10/2021))

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ontem que acredita na aprovação da reforma administrativa no Congresso ainda neste ano. Por outro lado, fez críticas a lobbies que estariam atrasando a tramitação da reforma do imposto de renda no Senado.

“Espero que a gente consiga aprovar ainda neste ano a reforma administrativa”, afirmou Guedes durante participação em fórum do Bradesco.

A mesma confiança, no entanto, não foi depositada em relação ao andamento do capítulo da reforma tributária que trata de mudanças no imposto de renda. “Infelizmente, a coisa não está andando muito no Senado por lobby, o que é muito triste porque todo mundo pedia prioridade à reforma tributária”, comentou Guedes, acrescentando, porém, que ainda há tempo para o Legislativo votar tanto a reforma tributária quanto a reforma administrativa.

Guedes também pressionou os senadores a aprovar a versão da PEC dos precatórios enviada pela Câmara. O ministro considerou um “grande erro”, capaz de comprometer o crescimento previsto pelo governo para o ano que vem, a ideia de senadores de retirar o pagamento dos precatórios da regra do teto.

Segundo Guedes, a proposta colocaria em risco a arquitetura fiscal, por os precatórios serem uma despesa “incontrolável”, tendo como consequência provável a elevação dos prêmios de risco cobrados por investidores para financiar a dívida pública.

Servidores

Um dia após dizer que o governo poderia aumentar salários do funcionalismo, desde que definisse suas prioridades no Orçamento, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), disse ontem que o espaço fiscal adicional no Orçamento de 2022 “não é para atender reajuste de servidor”.

“Estamos ainda no início da análise da peça orçamentária, tem muito pouco espaço para atender tantas demandas. Tem demandas de reforçar investimentos em áreas sensíveis e importantes, como habitação, estradas, recursos hídricos (...). Tem a demanda dos servidores públicos federais de reajuste de salário, mas acho que cobertor está muito curto”, disse Bezerra.

“Acredito que todo esforço que estamos fazendo agora não é para atender reajuste de servidor, o esforço que estamos fazendo agora é para atender aos mais pobres, que estão sofrendo”, acrescentou o senador.

Na quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro disse que conversou sobre o tema dos reajustes com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e relacionou a medida ao espaço aberto pela PEC. “A inflação chegou a dois dígitos, então conversei com Paulo Guedes. Em passando a PEC dos precatórios, tem que ter um pequeno espaço para dar algum reajuste. Não é o que eles merecem, mas é o que nós podemos dar. A todos os servidores federais, sem exceção”, disse o presidente durante visita ao Bahrein. (Estadão Conteúdo)