Buscar no Cruzeiro

Buscar

Economia

Inflação de 2 dígitos ’amorna’ Black Friday

12 de Novembro de 2021 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
(Crédito: Fábio Rogério / Arquivo JCS (17/11/2020))

Em meio à disparada da inflação, que em 12 meses chega a 10,67%, a Black Friday (última sexta-feira de novembro) terá dois grandes desafios este ano. O primeiro é mostrar ao consumidor que os preços serão menores do que os de um passado recente. O outro é fazer a oferta caber no bolso do brasileiro, cuja renda está corroída.

“O consumidor perdeu a referência de comparação de preços por causa da inflação elevada”, diz o diretor de Varejo da consultoria GFK, Fernando Baialuna. A Black Friday supera o Natal na comercialização de eletroeletrônicos desde 2014 e já responde por um quinto dos negócios anuais desses itens, em valor. Este ano será mais desafiador.

Por causa da pressão de custos em razão da escassez de matérias-primas e alta do câmbio, desde o início da pandemia houve um reajuste médio de 30% nos preços dos eletroeletrônicos ao consumidor. “O produto que custava R$ 100 dois anos atrás agora sai por R$ 130 e, com o desconto da Black Friday, vai para R$ 110”, compara. Isso quer dizer que, mesmo com o desconto, em muitos casos, o preço será superior ao pré-pandemia. (Estadão Conteúdo)